12º BPM e BOPE prendem quadrilha após sequestro em Camaçari
Na noite desta quarta-feira (14), uma operação conjunta entre o 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), terminou com a prisão de uma quadrilha que havia sequestrado uma mulher e uma criança no bairro da Gleba E. Três integrantes do grupo são policiais militares.
Segundo informações, por volta das 22h, a polícia foi informada de que havia um sequestro em andamento na área do 12º BPM, onde uma mulher e uma criança de colo estavam sendo feitas reféns e um resgate no valor de R$ 300 mil estava sendo exigido ao marido da vítima. Após a confirmação da veracidade dos fatos, os policiais descobriram onde seria feito o pagamento e o BOPE foi acionado.
Guarnições do 12º BPM se deslocaram até o local, na Estrada da Cetrel, onde visualizaram dois veículos suspeitos e as vítimas sendo liberadas, após pagamento no valor de R$ 18 mil mais o carro da vítima. Os policiais então seguiram a quadrilha que partiu em direção à Salvador em três veículos: um Cerato prata, placa NYU 1110, pertencente à vítima, um Focus prata, placa JDH 1581 e outro Cerato também na cor prata, com placa NTS 7463.
Ao chegar à praça de pedágio da Estrada do Coco, os sequestradores foram interceptados por policiais do BOPE e cercados pelos militares do 12º BPM que vinham logo atrás. Foi dada a voz de prisão a quatro indivíduos, sendo três policiais militares, o cabo Ronaldo Pedro de Souza e os soldados Henrique Paulo Chaves Costa e Jonas Oliveira Góis Júnior, e um rapaz de 29 anos identificado como Diogo de Souza Ricardo.
Equipamento de som avaliado em R$ 12 mil (Foto: Reprodução)
Com a quadrilha, foram encontrados os seguintes materiais:
– 01 pistola pt58s
– 01 pistola pt640
– 01 pistola pt 24/7
– 01 pistola pt 845
– 01 pistola pt100
– 01 pistola pt938
– 03 carregadores municiados com munição .45
– 10 carregadores municiados com munição .40
– 01 carregador carregado com munição .380
– 01 carregador alongado desmuniciado para .40
– 01 munição cal. 12
– 01 munição cal. 16
– 01 coldre modular
– 01 coldre velado
– 01 coldre velado sem marca
– 02 porta carregador duplo
– 03 distintivos policiais
– 02 anéis de ouro
– 01 cordão com pingente de ouro
– 01 pulseira de ouro
– 01 relógio de ouro
– 18.982 reais em espécie
– carteiras com documentos
– 01 DUT (Documento Único de Transferência) do carro da vítima assinado
– auto falantes de um paredão, com valor estimado de 12 mil reais (pertencentes à vítima)
– 02 baterias de caminhão
– 04 módulos
– 02 pares de algemas
– 06 aparelhos celular
Todo o material e os acusados foram levados para a 18ª Delegacia Territorial para adoção de medidas e posteriormente para a Corregedoria Geral, que é responsável pela fiscalização das atividades funcionais e da conduta profissional dos policiais.
Em nota, o comandante geral da PMBA, coronel Anselmo Brandão, afirma que é inadmissível o envolvimento de policiais militares com o crime. “Todas as medidas administrativas de corregedoria do comando da Polícia Militar serão adotadas para demitir integrantes da corporação que não honram a farda que vestem e não assumem o compromisso de proteger a sociedade”, enfatizou.