30 de Abril – Uma data que carrega história, força e propósito

Você já se perguntou por que existe um Dia Nacional da Mulher?
Não, essa data não é só mais uma comemoração no calendário. Ela nasceu de luta, resistência e da coragem de uma mulher que ousou levantar a voz quando o silêncio era regra.
Jerônima Mesquita foi uma das grandes lideranças do movimento feminista no nosso país. Ela fundou o Conselho Nacional das Mulheres e atuou de forma incansável na luta por igualdade, quando sequer éramos vistas como sujeitos de direitos. Sua coragem não foi isolada. Representava o grito preso na garganta de milhares de outras mulheres.
Essa data surgiu em 1980, em um Brasil que já cansava de calar suas mulheres, e que começava a ouvir, mesmo a contragosto, o som da resistência feminina. Era um tempo de muitas lutas sociais, e essa conquista foi mais um passo rumo à equidade.
Mas o 30 de abril não é só história.
É presente.
É a nossa realidade gritando por atenção.
Quantas mulheres ainda são silenciadas hoje?
Quantas vivem presas em relacionamentos abusivos, sem apoio, sem voz, com medo?
Quantas são julgadas quando tentam sair? Quando tentam recomeçar?
Essa data serve para lembrar que a luta não terminou.
Serve para refletirmos sobre o que já caminhamos e sobre tudo que ainda precisamos enfrentar.
E, principalmente, para reafirmar que nós não vamos recuar.
A gente segue, mesmo com medo.
Mesmo cansada.
A gente segue por nós e pelas que ainda não conseguem seguir sozinhas.
A gente segue…
Que o 30 de abril nos lembre da nossa força.
Nos lembre que somos capazes de reconstruir nossa própria história, uma página de cada vez.
E que o mundo entenda, de uma vez por todas: NÃO HÁ PROGRESSO POSSÍVEL SEM AS MULHERES.
A liberdade começa quando a mulher entende que ela pode, e que não está sozinha.
Mulheres, VALIDEM-SE.
Mulheres, LIBERTEM-SE.
Marita Amancio
@marita.amancio