Profissionais de comunicação comemoram vacinação contra Covid-19 em Lauro de Freitas
Transmitir informações e mobilizar a sociedade para manter medidas de prevenção ao novo coronavírus ganhou um novo significado para os profissionais de imprensa de Lauro de Freitas, vacinados contra a Covid-19, nesta terça-feira (1). A garantia de proteção com a 1ª dose da vacina Astrazeneca foi aplicada em mais de 200 trabalhadores da área.
A categoria foi incluída como prioridade na vacinação municipal após resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) ter aprovado a proposta. Para a prefeita Moema Gramacho, “os profissionais de imprensa estão fazendo um trabalho de saúde pública, com informações diárias de prevenção”. Ela reforça que “a maioria está nas ruas, sujeita a contaminação, e precisa ser vacinada”. Segundo a prefeita, aqueles que não tiveram oportunidade de fazer o cadastro para a vacinação, devem aguardar um novo chamado.
A prefeita destaca ainda que o município praticamente zerou a imunização em 22 segmentos e nas comorbidades previstas na primeira fase do Plano Nacional de Vacinação. Entre os segmentos contempladas com a 1ª dose estão profissionais de saúde da rede pública, privada e autônomos, idosos em ILPs, quilombolas, indígenas, pessoas em situação de rua, agentes de limpeza urbana, trabalhadores da educação pública e privada, guardas municipais, bombeiros e policiais militares, agentes de trânsito e do Procon, taxistas e mototaxistas. Também está bem avançada a vacinação de gestantes, lactantes, puérperas e pessoas com deficiência.
Moema também informa que a Prefeitura fez uma solicitação formal à CIB de inclusão dos trabalhadores do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) na lista de prioridade para vacinação.
Nesta quarta-feira (2), no drive-thru da Quadra da Escola 2 de Julho, na Itinga, das 8h às 12h, a Prefeitura conclui a vacinação dos trabalhadores da educação da rede municipal.
Uma dose de esperança
Enquanto esperava a aplicação de sua 1ª dose, Rafaela Menezes relatou os desafios de produzir conteúdo na pandemia. “Uma das dificuldades é ter que prestar o serviço de forma como se a gente não tivesse vivendo isso, mas estamos no caos, ficamos ansiosos, temos crise, e é preciso lidar com tudo isso. Receber a vacina agora acende uma pontinha de esperança de que as coisas vão melhorar”, disse a jornalista de uma empresa de criação de conteúdo.
Para a redatora Viviane Nascimento, “o profissional de comunicação já tem o hábito de estar nas ruas para ver o que está acontecendo, porque precisa ter repertório para produzir de forma assertiva”. Quem também se vacinou em Lauro de Freitas foi a repórter Juliana Cavalcante. Em uma rede social, ela divulgou que não sabe descrever a alegria de se vacinar. “Como eu tô feliz! Dá pra ver nos olhinhos apertados acima da máscara né?”, escreveu sobre o momento.
O olhar do jornalista
“A sensação de ser vacinado e noticiar que profissionais de comunicação de Lauro de Freitas receberam a 1ª dose de uma vacina contra a Covid-19 vai além da conquista da categoria. É saber que daqui pra frente ainda temos muito que lutar. Seja com o registro do trabalho das linhas de frente, dentro e fora dos hospitais, com a notícia da chegada de mais vacinas e os avanços da ciência, ou como porta-vozes dos anseios sociais.
Conforme levantamento da Federação Nacional de Jornalistas – FENAJ, somente em três meses deste ano, 86 jornalistas morreram por Covid-19, média de um por dia. Se pensarmos em todos os segmentos da área de comunicação, nos profissionais que estavam a todo o tempo nas ruas e perderam a vida para a doença, esse dado lamentavelmente se multiplicaria”.