Prefeitura de Salvador retira o direito de usuários do transporte da RMS, de irem até a Praça da Sé

 Prefeitura de Salvador retira o direito de usuários do transporte da RMS, de irem até a Praça da Sé

Passageiros de linha de ônibus metropolitano reclamam de mudança indevida no itinerário: ‘É o cúmulo do absurdo’

Movimento da Mobilidade repudia a atuação da Prefeitura de Salvador: “Uma vergonha, Prefeito Bruno Reis”, afirmou a liderança Paulo Sacramento

Usuários da linha Vilas do Atlântico, que sai de Lauro de Freitas, até a Praça da Sé, em Salvador, relatam transtorno após a mudança do destino final, que desde 2019 passou a ser no Campo Grande. Alteração ocorreu por causa de obras na região, mas a linha ainda não foi normalizada, mesmo com o fim dos trabalhos. Passageiros que usam a linha de ônibus metropolitano Vilas do Atlântico, que sai de Lauro de Freitas, até a Praça da Sé, em Salvador, relatam transtornos após mudança no itinerário. Desde 2019, os coletivos estão encerrando o trajeto no Campo Grande e os usuários do transporte dizem que não foram oficialmente comunicados da alteração.

A linha tem como destino final o Campo Grande, e não mais a Praça da Sé, por causa de obras de requalificação que foram realizadas na região da Avenida Sete de Setembro. Contudo, os trabalhos na região foram concluídos em agosto do ano passado, e os coletivos ainda não retomaram o trajeto .Segundo o líder comunitário de Lauro de Freitas, Paulo do Sacramento, foi acordado que, após a finalização das obras, os ônibus metropolitanos e urbanos voltariam a circular na Praça da Sé. Entretanto, o retorno aconteceu apenas para os ônibus urbanos.

“É uma loucura ficar aqui. Trabalhadores, pessoas com deficiência, idosos têm dificuldades de ir até a Praça Municipal. É o cúmulo do absurdo”, conta.
Do Campo Grande até a Praça da Sé, há uma distância de 3km. Por causa disso, passageiros se queixam da dificuldade em na locomoção e alguns até tiveram aumento no custo com as passagens.

“Eu saio muito para comprar material para costura. Pegando Praça da Sé, desço no Relógio de São Pedro, atravesso e vou para o Dois de Julho. Agora, tenho que descer aqui [Campo Grande] e pegar outro transporte”, conta a costureira Cleonice Santos.
Como a linha tem como destino de partida a cidade da Região Metropolitana de Salvador, tanto os moradores de Lauro de Freitas quanto os moradores da capital baiana são afetados com a mudança do itinerário, de acordo com o coordenador do Movimento Mobilidade Urbana de Lauro de Freitas, Humberto Santos.

“Essa mudança causou impacto muito grande na vida do cidadão soteropolitano e do cidadão laurofreitense. Sou rodoviário e vejo colegas sofrendo com a falta desse transporte e com a falta de banheiro. Para a população, é um impacto imenso, porque os ônibus deixaram de ir até a Praça da Sé”, relata.

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