A situação na Bahia é “um dos maiores desafios da segurança pública no Brasil” diz Flávio Dino
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou neste domingo (24) que a situação na Bahia é “um dos maiores desafios da segurança pública no Brasil”. Segundo o ministro, o governo federal está em constante diálogo com o governo estadual na tentativa de estabilizar a situação no estado.
Dino afirmou que tem mantido conversas com o governador Jerônimo Rodrigues e com o secretário de segurança Marcelo Werner, visando ao aperfeiçoamento das ações de segurança em meio a um cenário desafiador e complexo. O governo federal reforçou a presença da Polícia Federal para apoiar essas iniciativas, com foco na busca pela pacificação. O ministro também mencionou o fortalecimento das organizações criminosas e o aumento do acesso a armas no Brasil devido a políticas inadequadas no passado.
Após a morte de um policial federal em 15 de setembro, uma operação policial foi desencadeada na Bahia, resultando em pelo menos nove mortes em confrontos. A operação, denominada Fauda, foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) da Polícia Federal e pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), visando desarticular uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, armas, homicídios e roubos.
Em agosto, a líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, de 72 anos, foi assassinada no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador. Além da investigação local, a Polícia Federal também abriu um inquérito sobre o caso, resultando na prisão de três suspeitos.
Flávio Dino enfatizou que o governo federal está apoiando as ações para resolver os casos de homicídio como parte dos esforços para conter a violência no estado. “O mais importante neste momento não é realizar julgamentos, mas sim conduzir investigações eficazes e ações que possam garantir a estabilidade na Bahia. Atualmente, sem dúvida, é um dos maiores desafios da segurança pública no Brasil”, concluiu o ministro.