Apreensão de cigarros eletrônicos cresce 153% nas rodovias federais em 2024
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, em 2024, mais de 623 mil cigarros eletrônicos e dispositivos similares nas rodovias federais brasileiras, registrando um aumento de 153% em relação a 2023, quando foram confiscadas cerca de 246 mil unidades. A fiscalização visa coibir a entrada ilegal desses produtos no país, cuja comercialização é proibida pela Anvisa desde 2009.
O Paraná liderou o ranking com 525 mil dispositivos apreendidos, seguido por São Paulo (41 mil) e Mato Grosso do Sul (30 mil). A proximidade com o Paraguai, principal rota de contrabando, explica o alto volume de apreensões nos estados fronteiriços. A entrada ilegal ocorre frequentemente por essa região, reforçando a necessidade de intensificar a vigilância.
No combate ao contrabando, a PRF prendeu 168 pessoas entre janeiro e outubro de 2024. O crime tem pena de reclusão de dois a cinco anos. A instituição utiliza tecnologia, inteligência e parcerias com outras forças de segurança para identificar e impedir o transporte desses produtos, priorizando ações no Paraná, principal porta de entrada.
Embora a comercialização seja proibida, o consumo de cigarros eletrônicos não é regulado. Em 2024, a Anvisa revisou as regras e manteve a proibição de fabricação, importação, venda, armazenamento e propaganda dos dispositivos, reafirmando o compromisso com a saúde pública.