Turbulência, fragilidade política e administrativa marcam o 1º mês de gestão de Débora Regis
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O início do mandato da prefeita de Lauro de Freitas, Débora Régis, já enfrenta uma série de turbulências que expõem sua fragilidade política e administrativa. Em pouco mais de um mês, o governo acumula crises graves, incluindo a decretação de estado de calamidade pública, greves e protestos de servidores, além de um conflito público entre lideranças do próprio grupo político, que pode resultar numa possível saída de mais dois secretários.
Decreto de Calamidade e Protestos Populares
Nos primeiros dias de gestão, Débora Régis decretou estado de calamidade financeira , alegando dificuldades financeiras herdadas. A medida, no entanto, não convenceu grande parte da população, sendo interpretada como uma tentativa de justificar a falta de planejamento da nova administração, já que hoje o saldo da prefeitura passa dos 120 milhões.
Enquanto isso, servidores municipais iniciaram uma onda de protestos cobrando salários de dezembro de 2024, melhores condições de trabalho e o cumprimento de promessas de campanha. Greves na saúde e na educação agravaram ainda mais a crise, afetando diretamente a população.
Saída da Secretária de Saúde e Nova Baixa no Governo
Em meio à instabilidade, a secretária de Saúde, Mirela Macedo, pediu demissão, deixando a gestão ainda mais enfraquecida. A crise na pasta expôs a falta de organização e planejamento do governo, que não conseguiu dar respostas rápidas para os problemas do setor.
Briga Política Expõe “Desunião Brasil “ no Governo
O cenário ficou ainda mais crítico com uma disputa interna entre o presidente municipal do União Brasil, empresário Teobaldo Costa, e o vice-prefeito. Teobaldo teria solicitado uma reunião com a prefeita para tratar de questões do governo, mas foi orientado a formalizar o pedido por meio de um ofício – um gesto interpretado como desrespeitoso, considerando sua posição de liderança dentro do partido da própria prefeita.
A versão de que Teobaldo foi desrespeitado publicamente por Mateus Reis, e a versão foi confirmada pelo cunhado do vice-prefeito, que tentou se manifestar sobre o caso, mas acabou fazendo um discurso ainda mais desastroso, elevando o tom da crise.
Demissões e Um Governo à Deriva
A instabilidade política já está gerando baixas no primeiro escalão. Com o agravamento da situação, o vereador licenciado Sapucaia e o secretário de Desenvolvimento Urbano podem sair da pasta, aumentando ainda mais a sensação de desgoverno.
Um Governo Despreparado e Deslumbrado com o Poder
Apesar de tantas crises, ainda não se viu a gestão de Débora Régis reunir esforços para cumprir o que realmente importa: governar para a população. Até agora, o que se percebe é um governo despreparado, deslumbrado com o poder e incapaz de manter sua base política unida, muito menos de apresentar soluções concretas para os desafios da cidade.
Se em apenas 36 dias os problemas já se acumulam nessa velocidade, o que esperar do restante do mandato?
Vamos torcer que para que a gestão entre no trilho e que a prefeita de fato entenda que a campanha já acabou. É preciso fazer gestão!