PT pode ter derrota histórica em Vitória da Conquista
Com o terceiro maior colégio eleitoral da Bahia (230.598 eleitores), Vitória da Conquista decidirá quem será seu próximo prefeito no segundo turno, em disputa entre os candidatos Herzem Gusmão (PMDB) e José Raimundo (PT).
O resultado poderá representa uma derrota histórica para o Partido dos Trabalhadores (PT), que governa o município há 20 anos (cinco eleições consecutivas). A cidade atualmente é governada pelo petista Guilherme Menezes.
O candidato do PMDB, Herzem Gusmão, teve 47,82% dos votos (78.455), contra 31,69% (51.989 votos) do petista José Raimundo Fontes.
O resultado das urnas seguiu uma tendência apontada em pesquisas de opinião divulgadas durante a campanha política, que teve sete candidatos, mas foi polarizada entre PT e PMDB.
No segundo turno, a tendência é de que os candidatos derrotados do PCdoB e PSB, históricos apoiadores do PT, levem votos para José Raimundo Fontes, enquanto que Herzem deverá ter o apoio do candidato do PSDB, cujo vice era do DEM.
Radialista, Herzem foi apoiador do PT até o meio da terceira gestão petista, quando governava a cidade José Raimundo Fontes, deputado estadual licenciado. Devido a um racha, Herzem acabou indo para a oposição, tendo se candidatado a prefeito nas duas últimas eleições e perdido para o atual gestor, Guilherme Menezes.
O radialista fez uma grande carreata pela cidade após o resultado, ao contrário dos petistas, mais tímidos com o resultado nas urnas.
Os candidatos deixaram para trás Arlindo Rebouças (PSDB), com 7,57% Fabricio (PCdoB), 7,01%; Joás Meira (PSB), 5,46%; e Enoque Matos (PSOL), 0,45%. Como na maior parte dos municípios em todo o país, PT e PMDB também cravaram batalha acirrada em Conquista.
O segundo turno só acontece em cidades que têm mais de 200 mil eleitores. Na Bahia, além de Salvador e Vitória da Conquista, o único município que atende a esse critério é Feira de Santana, cuja eleição foi decidida com a vitória do atual prefeito, José Ronaldo (DEM), com 71% dos votos válidos.