Ipec: Desaprovação do governo Lula atinge 41%

A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira (13) mostra que 41% dos brasileiros avaliam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ruim ou péssimo, enquanto 27% consideram a gestão ótima ou boa. Esta é a primeira vez, no terceiro mandato do petista, que a avaliação negativa supera a positiva. Outros 30% classificam o governo como regular, e 1% não soube ou não respondeu.
Os números da pesquisa indicam uma piora na percepção do governo desde o último levantamento, realizado em dezembro de 2024:
• Ruim ou péssimo: 41% (eram 34% em setembro);
• Regular: 30% (estável);
• Ótimo ou bom: 27% (eram 34%);
• Não sabe/não respondeu: 1% (eram 2%).
O estudo ouviu 2.000 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 7 e 11 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A desaprovação cresceu sete pontos percentuais desde a última pesquisa, enquanto a avaliação positiva caiu na mesma proporção.
A avaliação negativa do governo é mais expressiva entre:
• Pessoas com renda mensal superior a cinco salários mínimos (59%);
• Pessoas com ensino superior (48%);
• Evangélicos (48%);
• Eleitores de Jair Bolsonaro em 2022 (72%).
Já a avaliação positiva é maior entre:
• Moradores do Nordeste (37%);
• Pessoas com menor escolaridade (36%);
• Quem tem renda familiar de até um salário mínimo (34%);
• Católicos (34%);
• Eleitores de Lula em 2022 (52%).
A pesquisa também questionou a aprovação da forma como Lula administra o país. Os resultados mostram um aumento na desaprovação:
• Aprova: 40% (eram 47% em setembro);
• Desaprova: 55% (eram 46%);
• Não sabe/não respondeu: 4% (eram 7%).
A confiança no presidente também apresentou queda:
• Confia: 40% (eram 45%);
• Não confia: 58% (eram 52%);
• Não sabe/não respondeu: 2% (eram 3%).
O grupo que mais confia em Lula inclui moradores do Nordeste (55%), pessoas com ensino fundamental (50%), católicos (50%) e quem tem renda de até um salário mínimo (49%).
Já a desconfiança é maior entre evangélicos (70%), pessoas com renda acima de cinco salários mínimos (73%), moradores do Norte e Centro-Oeste (66%) e aqueles com ensino superior (65%).