Médicos alertaram sobre gravidade do Papa Francisco antes de sua morte

Pouco antes do falecimento do Papa Francisco, a equipe médica do Hospital Gemelli, em Roma, declarou que já não se responsabilizava pelo estado de saúde do pontífice. O alerta ocorreu no domingo (20), durante a celebração da Páscoa, enquanto seu quadro clínico se agravava rapidamente. A jornalista Ilze Scamparini, correspondente internacional, confirmou a informação e relatou que o Papa parecia visivelmente debilitado: “Ontem, durante a Páscoa, seu rosto não mostrava nenhum sorriso. Era claro que ele estava sofrendo muito”. Segundo ela, os médicos não conseguiam prever a evolução de sua condição.
O Vaticano anunciou oficialmente a morte de Francisco às 7h35 desta segunda-feira (21) (2h35 no horário de Brasília). O cardeal Farrell divulgou uma mensagem emocionada: *”Com profunda tristeza, anunciamos que o Santo Padre Francisco retornou à casa do Pai. Sua vida foi dedicada ao serviço de Deus e da Igreja, ensinando-nos o amor pelos mais pobres e marginalizados”.
Problemas de saúde e internação
Nos últimos meses, Francisco enfrentou sérias complicações respiratórias. Antes de ser hospitalizado, já demonstrava dificuldades, como quando interrompeu uma leitura no Vaticano e pediu que um assistente continuasse: *”Peço desculpas, mas estou com dificuldade para respirar”*, disse, apontando para o peito. Dias depois, justificou outra pausa em um discurso: *”Esta gripe forte está me impedindo de falar”*.
Internado no Gemelli, ele foi diagnosticado com pneumonia grave, agravada por bronquiectasia e bronquite asmática. O Vaticano informou que o tratamento exigiu antibióticos, cortisona e oxigênio em altas doses. Apesar de ter recebido alta após 40 dias, sua recuperação foi frágil.
O Vaticano ainda não divulgou detalhes sobre os ritos fúnebres, mas a Igreja Católica já se prepara para o conclave que elegerá o sucessor de Francisco, o primeiro papa latino-americano da história.