PSB e Cidadania articulam federação, podendo trazer o REDE. Seria mais uma baixa política para Bruno Reis

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), pode sofrer uma nova baixa política com a articulação nacional entre PSB e Cidadania para formação de uma federação partidária já visando as eleições de 2026. A decisão foi aprovada esta semana pela executiva nacional do PSB e inclui a abertura formal de diálogo com o Cidadania, podendo ainda incorporar a Rede Sustentabilidade. O movimento é visto como estratégico para fortalecer as siglas diante da cláusula de barreira e ampliar o campo de atuação eleitoral.
Em Brasília, lideranças envolvidas nas negociações tratam a federação como questão de sobrevivência para os partidos de médio porte, uma vez que ela garantirá acesso a fundo partidário, tempo de televisão e maior estrutura organizacional. O presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, já deu sinal verde para as tratativas, indicando um realinhamento mais amplo no espectro progressista, com impacto direto nas disputas locais.
Na Bahia, os efeitos desse novo arranjo político podem ser sentidos de imediato. O Cidadania, que integra atualmente a base do prefeito Bruno Reis, tende a se afastar ainda mais da administração municipal e a se alinhar ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), ampliando a base estadual petista. Conversas com a deputada federal Lídice da Mata (PSB) buscam acelerar o processo antes das restrições do calendário eleitoral. No âmbito da capital, nomes como Silvio Humberto (PSB) e Isabela Souza (Cidadania), ambos com atuação destacada na Câmara de Vereadores de Salvador, já indicam disposição de caminhar juntos nas eleições municipais. A movimentação representa mais um revés para Bruno Reis e, por consequência, para ACM Neto, com a perda de apoio em um momento estratégico de articulações para 2026.