CPI, denúncias e pedido de afastamento colocam gestão de Ednaldo na CBF na berlinda

A gestão de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta uma crescente onda de desgaste político e jurídico. O deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) iniciou a coleta de assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, com o objetivo de investigar supostos indícios de corrupção privada e gestão temerária dentro da entidade. A movimentação acontece após denúncias envolvendo uma possível fraude na assinatura do então vice-presidente Coronel Nunes, peça-chave do acordo judicial que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo.
Além disso, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) articula a criação de uma CPI no Senado para apurar possíveis relações indevidas entre a CBF e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliando o cerco em torno da diretoria da entidade. A crise se agrava com o pedido formal de afastamento de Ednaldo Rodrigues, apresentado ao STF pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), ex-ministra do Turismo do governo Lula.
Com múltiplas frentes de pressão se abrindo simultaneamente, a presidência de Ednaldo na CBF vive seu momento mais crítico. As denúncias, somadas à repercussão política do caso, colocam em xeque a legitimidade de sua gestão e aumentam a possibilidade de uma intervenção institucional na entidade máxima do futebol brasileiro.