Deputado Marcone defende SAF no Vitória e se coloca à disposição para intermediar diálogo com grupo do Catar
O deputado estadual e ex-jogador de futebol Marcone reafirmou seu apoio à transformação do Esporte Clube Vitória em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), projeto que vem ganhando força entre torcedores e conselheiros do clube. Rubro-negro declarado, ele vê na medida uma oportunidade para o Vitória voltar a ser competitivo em todas as esferas do futebol nacional e regional.
“Na minha opinião, a SAF é um movimento global que está reformulando o futebol com altos investimentos. Já vemos clubes brasileiros se destacando com esse modelo. Eu, como torcedor e como Vitória, defendo a SAF como o caminho para disputarmos títulos estaduais, regionais e nacionais”, afirmou Marcone, em entrevista.
O parlamentar revelou que foi convidado a integrar o movimento “Vitória SAF”, iniciativa formada por torcedores favoráveis à mudança no modelo de gestão do clube. Ex-atleta da seleção do Catar e naturalizado pelo país do Oriente Médio, Marcone destacou sua relação próxima com a família real catariana, proprietária da Qatar Sports Investments (QSI), grupo que comanda o Paris Saint-Germain (PSG). Ele se colocou à disposição do Vitória para intermediar um possível diálogo com o fundo internacional, caso o clube deseje.
“Morei 11 anos no Catar, joguei na seleção, disputei eliminatórias da Copa e Olimpíadas Asiáticas. Tenho abertura com a família real e, se o Vitória quiser, estou pronto para tentar abrir esse canal com a QSI”, garantiu.
Marcone, no entanto, disse que não está envolvido diretamente na política interna do clube e que seu foco atual é o mandato parlamentar. Mesmo assim, não deixou de elogiar o atual presidente Fábio Mota, a quem credita o resgate da autoestima rubro-negra. “Tenho uma grande admiração por Fábio, que resgatou o orgulho do nosso torcedor com sua gestão. Mas acho que o Vitória precisa pensar além, precisa dar um passo adiante para ser um clube de ponta e competitivo no cenário nacional”, concluiu.
Ainda sem uma definição oficial do clube sobre a adoção do modelo SAF, o tema deve ganhar força nos bastidores à medida que se aproxima o processo eleitoral do Vitória, previsto para o fim do ano.
