Milícias pró-Irã ameaçam atacar tropas dos EUA e colocam Iraque no epicentro da crise entre Irã e Israel

Enquanto o conflito entre Irã e Israel entra no sexto dia de escalada militar, o Iraque emerge como um ponto de tensão geopolítica, pressionado a manter neutralidade, mas cercado por milícias xiitas fortemente alinhadas a Teerã. Grupos como o Kataib Hezbollah e Asaib Ahl al-Haq já anunciaram que reagirão com ataques a tropas norte-americanas caso os EUA intervenham diretamente no conflito.
🔥 Atualização do confronto
Desde o dia 13 de junho, Israel vem promovendo ataques aéreos contra alvos militares e nucleares no território iraniano, atingindo refinarias, instalações de mísseis e pontos estratégicos em Teerã e Esfahan. Em retaliação, o Irã lançou centenas de mísseis e drones contra o território israelense.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que qualquer ação ofensiva dos Estados Unidos contra o Irã poderá provocar “consequências graves e irreversíveis”.
⚠️ Iraque em risco de envolvimento
O aumento das tensões refletiu rapidamente no território iraquiano. As milícias aliadas a Teerã afirmam estar prontas para atacar forças americanas estacionadas no país, o que levou os EUA a iniciarem a retirada de funcionários não essenciais de suas embaixadas em Bagdá e Erbil. Também foi autorizada a evacuação voluntária de familiares de diplomatas.
🌍 Efeitos colaterais globais
O espaço aéreo sobre o Iraque foi temporariamente fechado, afetando voos comerciais internacionais e provocando alertas da FAA (Agência Federal de Aviação dos EUA) e da EASA (Agência Europeia de Segurança Aérea).
O estreito de Hormuz — rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial — também entrou na mira do Irã, que ameaça bloqueá-lo, o que já pressiona os preços globais do petróleo, com estimativas de aumento entre 7% e 14%.
Enquanto isso, líderes internacionais fazem apelos por moderação, temendo que a crise se transforme em um confronto regional de grandes proporções.
🔭 Perspectivas e incertezas
O Iraque vive um impasse delicado: tenta preservar sua neutralidade diplomática, mas corre o risco de ser arrastado para o conflito pela atuação de milícias com forte influência iraniana. O envolvimento dos Estados Unidos permanece como fator-chave para a próxima fase da crise.
Com os olhos do mundo voltados para o Oriente Médio, a pergunta que se impõe agora é: quem dará o próximo passo — e a que custo?