Irã nega acordo para cessar-fogo e Tel Aviv intensifica ataques

Nesta segunda-feira, (23), o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou na Truth Social que Israel e Irã haviam firmado um cessar‑fogo “total e completo”, com cronograma estratégico: o Irã interromperia as operações dentro de seis horas (por volta de 1h de Brasília), seguido por Israel após 12 horas, concluindo um acordo de 24 horas de paz que ele denominou “A Guerra de 12 Dias” .
🇮🇷 A resposta de Teerã
Minutos depois, o chanceler iraniano Sayed Abbas Araghchi negou que qualquer cessar‑fogo tenha sido acordado, afirmando que o Irã só interromperia os ataques se Israel o fizesse antes das 4h da manhã em Teerã — o que, até então, não havia ocorrido .
A polêmica se agravou quando uma autoridade iraniana confirmou à Reuters que o país estaria “disposto a interromper os ataques”, ainda que sem um acordo formal .
🎯 Operações seguem em curso
Enquanto o impasse diplomático tomava as manchetes, Israel realizou ataques aéreos contra alvos iranianos, incluindo complexos militares e, segundo fontes, o famoso presídio de Evin, em Teerã .
Em resposta, o Irã disparou múltiplos mísseis balísticos contra cidades israelenses em retaliação aos ataques anteriores de 13, 14 e 16 de junho, que deixaram centenas de mortos e inúmeros feridos .
🧭 Contexto e implicações
✅ Contextualização
Em 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva sem precedentes — a “Operação Rising Lion” — atingindo sítios nucleares e bases militares no Irã, utilizando cerca de 200 aeronaves e mais de 330 munições . O Irã reagiu em grande escala, lançando mais de 150 mísseis e 100 drones, causando alertas em Tel Aviv e regiões vizinhas .
⚔️ Tensões diplomáticas
Trump defende que Israel “deve continuar seus ataques” até obter um acordo com Teerã que restrinja o programa nuclear iraniano .
Chegou a reforçar o apoio militar dos EUA, posicionando navios e aviões na região, mas ainda mantém a postura de “defesa”, sem envolvimento direto .
Apesar dos apelos de líderes do G7 — inclusive Macron, Erdoğan e outros — por contenção e diálogo, Trump declara que não busca apenas um cessar-fogo, mas um “rendição incondicional” do Irã, com completa dissolução do seu programa nuclear .
🔍 O que acompanhar
Padrões de ataque: qualquer drible ou intensificação nos bombardeios israelenses ou mísseis iranianos pode indicar revés nas tentativas de trégua. Mediação internacional: Catar, Turquia e ONU poderão retomar esforços diplomáticos se a escalada persistir. A iniciativa de Trump: se a tentativa de acordo diplomático trilateral (cessar-fogo + pacto nuclear) avançará ou se manterá balizada por linhas vermelhas definidas pelo presidente.
✍️ Resumo final
Trump, como atual presidente americano, anunciou um cessar‑fogo entre Israel e Irã, mas não governamentalmente confirmável. Teerã nega acordo formal, condicionando qualquer trégua à interrupção israelense dos ataques. As hostilidades continuam, com bombardeios cidadãos e trocas de mísseis em ambos os lados. O risco de escalada permanece alto, com EUA operando uma delicada balança entre diplomacia, postura militar e exigência de acordo nuclear.