Robinson Almeida ironiza Bruno Reis e afirma: “Salvador vive, sim, uma crise – e com o 3º pior déficit fiscal do Brasil”

Deputado diz que cidade enfrenta colapso financeiro e social, e que gestão do União Brasil prioriza interesses eleitorais em vez da população
O deputado estadual Robinson Almeida (PT) reagiu com ironia à declaração do prefeito Bruno Reis (União Brasil), feita durante o desfile do 2 de Julho, de que Salvador “não vive uma crise”. Segundo o parlamentar, os números falam mais alto: com um rombo de R$ 1,8 bilhão nas contas públicas, a capital baiana fechou 2024 com o terceiro maior déficit primário entre todas as capitais brasileiras, conforme levantamento da consultoria Future Tank, divulgado pelo jornal Valor Econômico.
“Salvador vive, sim, uma crise – fiscal, social e de gestão. Só não enxerga quem está desconectado da realidade da cidade. Ou quem finge que ela não existe”, disparou Robinson.
Para o deputado do PT, o desequilíbrio nas contas da capital é sintomático de uma administração “temerária e irresponsável”, que agravou os problemas estruturais da cidade em um ano marcado por gastos descontrolados com viés eleitoral.
“Com um rombo de R$ 1,8 bilhão, a Prefeitura de Salvador está em um caminho perigoso, colocando a cidade em uma situação fiscal insustentável. O prefeito Bruno Reis se concentrou em gastos eleitorais, enquanto o futuro da cidade foi deixado de lado. O déficit fiscal é só a ponta do iceberg de um caos maior”, afirmou.
Robinson também pontuou que, ao contrário de Salvador, outras capitais nordestinas — como Fortaleza, São Luís e Maceió — fecharam 2024 com superávit nas contas. Para ele, isso desmente qualquer tentativa da atual gestão de justificar o rombo com base em dificuldades nacionais ou regionais.
Além do desequilíbrio fiscal, o parlamentar alerta para o impacto direto da má gestão nas áreas sociais. “A crise não é apenas de números: é sentida nas ruas, nos postos de saúde sem médicos, nas escolas com salas vazias há 2 meses e na cidade esburacada. O transporte público é precário, e a atenção básica está em colapso. Isso não é uma cidade funcionando bem, é uma capital abandonada à própria sorte”, criticou.
Para o parlamentar, as gestões do União Brasil colocaram Salvador com os piores indicadores entre as capitais brasileiras, com perda de competitividade e qualidade de vida, por exemplo.
“São vexames produzidos pela dupla ACM Neto e Bruno Reis. Salvador estagnou seu desenvolvimento, fruto de um modelo excludente, que não combate desigualdades nem fortalece o desenvolvimento social e econômico da cidade. A inversão de prioridades tem prejudicado a capital dos baianos e todos indicadores, além da própria realidade, comprovam isso”, concluiu Robinson Almeida.