Wesley Correia ressalta diversidade da Tenda Paraguaçu e influência da tecnologia na literatura durante a Flica 2025

A 13ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) foi oficialmente apresentada nesta terça-feira (26), em cerimônia realizada na Biblioteca Central do Estado da Bahia, em Salvador. O evento, que acontece entre 23 e 26 de outubro, no Recôncavo baiano, terá novamente a Tenda Paraguaçu, espaço dedicado às mesas literárias com autores nacionais e internacionais.
A curadoria da tenda ficará sob a responsabilidade do poeta, ensaísta e pesquisador Wesley Correia, doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Durante o lançamento, Correia destacou o processo de construção da programação. “Trabalhamos intensamente desde janeiro e conseguimos estruturar uma grade plural, que vai abordar temas diversos — das transformações tecnológicas às novidades do mercado editorial, passando por debates culturais e sociais que atravessam o Brasil, a Bahia, o Recôncavo e o mundo”, afirmou.
O curador também chamou atenção para as mudanças nos hábitos de leitura, especialmente entre os jovens, diante do avanço das plataformas digitais. “Com a chegada das tecnologias, a literatura se reinventou. Hoje é possível acessar obras por meios virtuais, como amostras no Kindle, e isso mostra que a literatura continua viva e em expansão”, disse.
Para ele, o ambiente digital tem sido um importante aliado na difusão da produção literária. “Muitos poetas e escritores têm feito trabalhos relevantes nas redes sociais. O mercado cibernético abriu novas possibilidades e fortalece a literatura, ampliando seu alcance”, ressaltou.
Reconhecida como um dos palcos mais importantes da Flica, a Tenda Paraguaçu volta a reunir escritores, críticos e pesquisadores em mesas de debate, reafirmando seu papel como espaço de diálogo sobre temas contemporâneos e de aproximação com o público.