Wagner rejeita anistia e alerta: “Seria um convite a novos ataques como o 8 de Janeiro”

O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, criticou de forma contundente a proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Em entrevista à rádio Andaiá FM, de Santo Antônio de Jesus, nesta quinta-feira (10), o parlamentar afirmou que a medida “seria um incentivo a novas badernas” contra a democracia brasileira.
Segundo Wagner, o debate promovido por bolsonaristas não encontra paralelo histórico com a Lei da Anistia de 1979, aprovada em contexto de transição do regime militar para a democracia. “Naquele período, tratava-se de encerrar um ciclo de prisões, assassinatos e perseguições políticas. No caso de 8 de janeiro, não houve dois lados em disputa. Houve apenas um grupo que tentou agredir a democracia. Portanto, não cabe falar em anistia”, destacou.
União em defesa da democracia
O senador reforçou que o momento exige unidade entre todas as forças progressistas para impedir retrocessos. “Eu sou do PT, mas antes de tudo sou democrata. Sem democracia, não existe partido político, não existe eleição. Precisamos, como no movimento das Diretas Já, nos unir em defesa da democracia brasileira”, afirmou.