Augusto Heleno é condenado a 21 anos de prisão
O general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro, foi condenado nesta quinta-feira (11) a 21 anos de prisão. A decisão representa mais um capítulo das investigações e julgamentos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e à articulação antidemocrática que marcou o período pós-eleitoral.
A sentença inclui regime inicial fechado e penas acessórias, como pagamento de multa, ainda a serem detalhadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Heleno, que sempre foi um dos nomes mais próximos de Bolsonaro e ocupou posição estratégica no governo, passa a integrar a lista de ex-integrantes do alto escalão condenados pela Corte.
A condenação decorre da acusação de envolvimento em crimes ligados à tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e incentivo a atos que resultaram em depredação do patrimônio público e ameaças às instituições brasileiras.
Com a decisão, Heleno torna-se uma das figuras mais proeminentes do antigo governo a receber pena pesada, reforçando o cerco judicial contra lideranças acusadas de participação ou incentivo a atos golpistas. A defesa ainda pode recorrer da sentença, mas a condenação já é vista como histórica no contexto de responsabilização de autoridades militares e civis que atentaram contra a democracia.
