Flica 2025 recebe Aline Midlej, Yéyé Kintê e Sueli Kintê, e mostra o poder da ancestralidade para a construção do repertório

Na tarde do sábado (25), a Tenda Paraguaçu foi palco da mesa “Nossas vozes como a noite estrelada”, e reuniu jornalista e apresentadora, Aline Midlej; a psicopedagoga, fisioterapeuta e terapeuta holística, Sueli Kintê; a escritora, jornalista e sacerdotisa, Yèyè Kintê, também conhecida como Yèyè Osunsade; e contou com a mediação da jornalista, escritora e pesquisadora, Luana Souza. A mesa circulou entre literatura, vozes e a ancestralidade das gerações.
A mesa iniciou com a discussão do que é voz e oralidade, e o poder de ser transpassada de geração em geração na busca para não ser perdida. Aline abordou a importância da voz como um mecanismo de ética na literatura, no jornalismo e na vida. “Nossa voz é responsabilidade social”, afirmou.
Sueli e Yéyé ainda convidaram a benzedeira Mona Soares, que contribuiu com o bate papo. A presença de Mona é sempre vista em palestras onde Yéyé está. Ambas acreditam na capacidade de cura das folhas.
“Preservação de quem somos e quem queremos ser” assim traz Sueli Kintê na fala sobre a preservação do conhecimento, de forma que a ancestralidade seja repassada de geração para geração.
Durante a conversa, também foi abordado sobre o processo criativo do livro de Midlej, “De marte a favela”, que conta com o empreendedor social, Edu Lyra. Ele traz a ideia de transformar a exploração de Marte em um projeto social. “O contrário de pobreza não é riqueza, é dignidade”. Assim, é retratado como esse projeto pode ajudar em uma quebra da desigualdade social.
Com uma conversa tão potente, o público presente ficou imerso durante o debate da mesa sobre literatura, jornalismo, oralidade, saberes tradicionais e levou a plateia à reflexão sobre todas essas questões, e assim mostrou como tudo isso pode se conectar de todas às formas.
