Acrônimo: agência Pepper levou propina para empresário Bené
A 11ª fase da Operação Acrônimo deflagrada nesta quinta-feira (27) é resultado das delações de Danielle Fonteles, dona da Pepper, e Vanessa Pimenta, secretária do empresário Benedito Oliveira, o Bené. Segundo o site O Antagonista, elas entregaram à Polícia Federal um esquema de cooptação e pagamento de propina para que Agnelo Pacheco, dono de agência de publicidade, elaborasse campanhas educativas dos ministérios da Saúde, Cidades e Turismo.
Danielle Fonteles contou em sua delação à PF que Bené (foto acima) abriu as portas do Ministério da Saúde para Agnelo Pacheco por meio de Mercier Trombiere, que que foi preso num jatinho de Bené com malas de dinheiro. A Agnelo repassou R$ 3,7 milhões à Pepper. Trombiere também foi conduzido à Polícia Federal nesta etapa da Acrônimo.
A agência Pepper teria recebido R$ 1 milhão da Agnelo Pacheco numa campanha de combate à dengue e repassou R$ 200 mil a Bené. O montante representaria, segundo a PF, 50% do lucro que a agência obteve no contrato. Para ocultar a origem do recurso, a propina era repassada a Bené pela empresa Lumine.
Dentre os mandados de busca e apreensão realizados na nova fase, a PF também faz buscas na Gráfica Brasil, de Bené, e na Colorprint. De acordo com a força-tarefa, o esquema se originou num contrato fraudado da Gráfica Brasil com a Universidade de Juiz de Fora no valor de R$ 38 milhões. O Ministério da Saúde, posteriormente, aderiu à ata de preços.