Registro Brasileiro de Gêmeos busca voluntários para pesquisas sobre doenças

Aposta de pesquisadores para encontrar respostas sobre diversas doenças de forma mais barata do que os estudos com genoma, o Registro Brasileiro de Gêmeos (RBG) lançou neste mês um formulário online para registro de voluntários. Podem se cadastrar gêmeos monozigóticos ou dizigóticos acima de 18 anos interessados em contribuir com a ciência.

De acordo com o pesquisador Vinícius Cunha Oliveira, um dos coordenadores do RBG, pesquisas com gêmeos em todo o mundo estão buscando respostas que estudos tradicionais ainda não encontraram sobre câncer, diabetes, tabagismo, alcoolismo etc. “Para entender o funcionamento de muitas doenças, é importante identificar os fatores de risco ambiental e os fatores de risco genético. Isso pode ser feito através do mapeamento do genoma. Mas é um processo complicado e de custo elevado.

As pesquisas utilizando gêmeos são mais baratas e podem oferecer muitas dessas respostas”, explicou o pesquisador. Os dados fornecidos no cadastro ficam gravados, e o voluntário deve fazer uma atualização uma vez por mês, de forma que se possa monitorar ao longo do tempo mudanças físicas, comportamentais e de saúde. “O registro está disponível para pesquisadores interessados. Digamos que amanhã alguém nos procure querendo fazer uma pesquisa sobre diabetes. Nós faremos contato com os gêmeos para saber se eles querem participar. Não é porque eles se inscreveram uma vez que serão obrigados a participar de todas as pesquisas”, acrescentou Oliveira. Pioneiro na América Latina, o RBG surgiu em 2013, nas universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), a partir de uma parceria com o Registro Australiano de Gêmeos, que existe há mais de 30 anos e é um dos mais avançados do mundo.

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