Bahia vence o Bragantino diante de mais de 45 mil pessoas na Fonte Nova
Teve recorde de público na Arena Fonte Nova: 45.031 torcedores, com renda de R$1.061.006,00. E praticamente todos esses ingressos foram vendidos há uma semana, pois a os tricolores quiseram garantir espaço no jogo que poderia garantir a volta do Bahia para a série A. Mas não foi o que aconteceu, pois o time entrou em campo dependendo do resultado de outros jogos, em especial do Náutico, que acabou goleando o Tupi. Pelo menos, o time de Guto Ferreira cumpriu o seu papel. Mas foi sofrido!
Foi mais uma vitória dentro de casa e agora o Bahia vai tentar a classificação no último jogo que falta, sem depender de outros resultados. Vai ser contra o Atlético de Goiás, já campeão da série B, dentro do Serra Dourada, em Goiânia. Se empatar, sobe e se perder, depende dos resultados de Náutico e Oeste, em Recife e de Vasco e Ceará, no Rio.
O jogo
Quando a bola rolou a torcida do Bahia sentiu a dificuldade que o tricolor iria enfrentar diante do Bragantino. O time paulista começou apertando, marcando sob pressão e impedindo que o Bahia chegasse á sua área. Mas contra esse tipo de marcação, o Bahia apresentou um remédio: o chute à distância. E foi através de Luiz Antônio que o estádio explodiu de alegria, aos 10 minutos. O meia acertou um chute violento, da intermediária e a bola bateu na trave, provocando alguns segundos de expectativa, pois a bola bateu no travessão, caiu dentro do gol e depois saiu. Foi preciso o auxiliar correr para o centro do campo para que todos confirmassem a vantagem.
Hernane corre pra festejar ao lado de Luiz Antônio: o Bahia fazia boa vantagem sobre o Bragantino, no primeiro tempo (Foto: Reprodução)
Hernane corre pra festejar ao lado de Luiz Antônio: o Bahia fazia boa vantagem sobre o Bragantino, no primeiro tempo (Foto: Reprodução)
Aliviado, o Bahia começou a comandar o jogo e usar as laterais do campo para chegar à área adversária. O meio campo estava marcando bem e começava a criar. Mas foi em bola parada que chegou aos 2 a 0, depois da cobrança de escanteio. Hernane, de cabeça, balançou a rede do Bragantino.
O time teve chances de aumentar o placar, pois o adversário tinha reduzido o ritmo. Mas acabou vacilando e permitindo um gol de Rafael Grampola, aos 30 minutos, o que animava o adversário a reagir. Da arquibancada, dava pra notar a preocupação da torcida que acompanhava o resultado do jogo do Náutico contra o Tupi, de Minas e o time pernambucano ia vencendo bem.
Quando o primeiro tempo terminou com a vantagem do Bahia por 2 a 1, o jogo do Náutico também era encerrado em Juiz de Fora, com a vitória dos pernambucanos por 5 a 1. Cabia ao Bahia ganhar na Fonte Nova para manter a vantagem na classificação e permanecer no G4, mas sabendo que o acesso para a série A não seria possível nesta rodada.
Segundo tempo
O time esteve bem desde os primeiros minutos, mantendo a calma e tocando a bola. Ia para o ataque quando sentia que poderia chegar bem ao gol adversário e criou algumas boas chances. A torcida ficou impaciente em alguns momentos, mas seguia incentivando, gritando e querendo mais um gol para ver a vitória garantida e a chance de acesso mais perto.
Houve bolas paradas com chutes perigosos mas o ataque não acertava e começa a diminuir o ritmo. Guto Ferreira resolveu mexer no time e colocou Alano em campo, substituindo a Vitor Rangel. Dois minutos depois, aconteceu o que a torcida temia: contra ataque rápido do Bragantino e em um chute cruzado de Edson Sitta da direita o goleiro Muriel falhou e a bola entrou entre ele e a trave. Eram 24 minutos de jogo e o estádio ficou em silêncio.
Daí em diante, começou o jogo do desespero: o tricolor corria em campo, mas as jogadas eram sempre contidas pela defesa bem colocada do Bragantino. Guto Ferreira tirou Régis e mandou Renato Cajá para o gramado, tentando arrumar o meio campo que estava cansado. Continuou sem dar certo.
Mais tarde, Edigar Júnio sentiu uma contusão e foi substituído por Mário, uma surpresa entre os convocados para o jogo. Mário foi revelado pelas divisões de base do tricolor e teve algumas chances no primeiro semestre, tendo ficado esquecido pelo treinador. O jogo ficou cada vez mais nervoso e a torcida sabendo que o time ia depender da sorte, mas sempre lembrando dos últimos jogos quando a decisão saiu nos minutos de acréscimo.
E quem apostou no sacrifício, ganhou. Ganhou também Guto Ferreira ao apostar em Mário, que fez a jogada pela direita aos 43 minutos, cruzou consciente nos pés de Renato Cajá que dominou e acertou um belo chute de pé esquerdo: 3 a 2. O tricolor é o terceiro colocado, com 63 pontos ganhos.