Alunos da rede estadual mostram criatividade na Virada Educacional

Criatividade e protagonismo juvenil em cada um dos trabalhos expostos na Feira de Empreendedorismo, Ciência e Inovação da Bahia 2016 (Feciba). Reunindo jovens da capital e do interior do estado, nesta segunda-feira (5), no IAT foi montada a estrutura para receber a Feciba, além de dar lugar ao encontro de clubes de ciência e à exposição dos álbuns artísticos do projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA).

Para a Feira de ciência e Inovação, projetos como a cadeira corretora de postura, o amplificador de voz de baixo custo para professores da escola pública, e o sistema de irrigação de plantas que evita o desperdício e a exposição da água ao mosquito Aedes Aegypti estão entre os selecionados. Os dez melhores trabalhos de toda a Bahia renderam aos vinte estudantes responsáveis uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que vai durar até dezembro de 2017. Mais um incentivo para seguir na pesquisa, é o que acreditam os estudantes e professores.

Atividades como oficinas, debates, exibição de filmes, intervenções sociais, revitalização de espaços, exposições artísticas, jogos educativos e apresentações culturais serão realizadas simultaneamente, durante 12 horas, nas escolas estaduais da capital e do interior, nesta terça-feira (6)

s estudantes Noemi Queiroz e Cristiana Couto, de 16 anos, são estudantes da rede estadual em Itatim e trouxeram para Salvador uma pesquisa sobre as propriedades de plantas como a erva-doce e o eucalipto no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e febre Chikungunya. Segundo as alunas, valorizando o conhecimento popular e procurando alternativas simples, elas descobriram que uma pequena quantidade de uma espécie de sumo dessas plantas, quando diluídos em água com as larvas, são suficientes para provocar a morte das larvas. Para Cristiana, agora a bolsa é um incentivo para seguir adiante. “Esperamos aprofundar mais a nossa pesquisa, e continuar trabalhando com produtos alternativos para que eles sejam acessíveis, não só para nós, estudantes, como também para a população. Foi usado álcool comum, folhas de plantas de fácil acesso. Não é só uma produção científica, é algo que pode alcançar a todos”, contou Cristiana.

Atividades como oficinas, debates, exibição de filmes, intervenções sociais, revitalização de espaços, exposições artísticas, jogos educativos e apresentações culturais serão realizadas simultaneamente, durante 12 horas, nas escolas estaduais da capital e do interior, nesta terça-feira (6)

Segundo Shirley Costa a coordenadora do Programa Ciência na Escola, que promove a Feciba, a proposta é incentivar os estudantes a olhar a comunidade e perceber problemas, criando soluções criativas. “Através desse olhar crítico é que os jovens passam a investigar e encontrar caminhos para melhorar o convívio em sociedade. Acompanhamos quase mil projetos, todos eles foram avaliados, e trouxemos os dez melhores para expor na feira”, contou a coordenadora.

Projetos artísticos

Além da exposição das obras do EPA, nesta segunda-feira (5) um grupo de avaliadores fez a pré-seleção dos demais projetos artísticos desenvolvidos durante o ano letivo pelos estudantes e já selecionados nas etapas escolares e regionais. São eles: Festival Anual da Canção Estudantil (FACE), Tempo de Arte Literária (TAL), Mostra de Canto Coral Estudantil (Encante), Mostra do projeto Dança Estudantil (Dance) e Festival Estudantil de Teatro (Feste).


#TransformaÊ

Além das atividades dessa segunda, nesta terça-feira (6), simultaneamente, nas escolas da capital e do interior, serão realizadas 12 horas de muita arte, música, dança, intervenções sociais, jogos e integração entre as escolas e as famílias. Para o secretário da Educação, Walter Pinheiro incentivar esses projetos, dinamiza as salas de aula, contagia os alunos e promove uma verdadeira transformação. “O Educar para Transformar é isso, é desenvolver os estudantes em suas capacidades e em todos aspectos, através da ciência, da arte, da descoberta. Um mundo que os jovens vão descobrindo e construindo junto com os professores. Cabe a nós, da Secretaria da Educação prover as condições, alinhas todos os projetos, criar a infraestrutura e trabalhar para que cada vez mais todos os projetos possam ser conhecidos pela rede, permitir que essas experiências sejam trocadas. Cada escola tem que incentivar essa caminhada e, para isso, as condições para isso têm que chegar até ela, não importa onde ela esteja”, explicou o secretário.

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