Enfermeira acusa promotor de agressão por negar entrega de laudo

Uma enfermeira de Juazeiro, no norte da Bahia, acusa um promotor de Justiça de tê-la agredido na última quinta-feira (5), após ela se recusar a entregar o laudo médico de um paciente da unidade de saúde onde trabalha. Segundo a enfermeira, o promotor, que é da cidade de Remanso, chegou a apontar uma arma para ela dentro do hospital.

A enfermeira, que não quer se identificar, contou que estava cumprindo expediente, quando um homem que se identificou como promotor de Justiça chegou querendo saber informações sobre um paciente e pedindo uma cópia do prontuário médico. Como ele não apresentou nenhum documento oficial, ela se negou a entregar o prontuário e, a partir daí, o homem ficou exaltado.

Resultado de imagem para Enfermeira acusa promotor de agressão por negar entrega de laudo“Ele começou a alterar o tom de voz, a dizer que ele era a autoridade, que ele tinha o poder de exigir que ela entregasse esse documento, sob pena de me levar presa caso eu negasse”, contou a enfermeira, que ainda destacou o momento em que foi agredida. “Foi quando ele levantou, veio até o meu lado da mesa, e me agrediu, segurando forte no meu braço com a mão esquerda, e com a mão direita empunhando uma arma”.

Ainda de acordo com a enfermeira, o promotor, identificado como Rafael Santos Rocha permaneceu no hospital por cerca de uma 1h30, e só saiu depois que a direção da unidade entregou uma cópia do relatório médico, documento diferente do prontuário e que não contém todas as informações sobre o paciente.

Após o caso, a enfermeira prestou queixa na delegacia de Polícia Civil de Juazeiro e comunicou o caso ao Conselho Regional de Enfermagem, que vai apurar a denúncia. A direção do hospital disse que o departamento juridico da unidade entrou com uma representação contra o promotor no Conselho Nacional do Ministério Público.

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A reportagem tentou falar com o promotor Rafael Santos Rocha, e até deixou recado com a secretária dele, mas não obteve retorno. Em nota, o Ministério Público da Bahia disse que o promotor recebeu uma denúncia de parentes de um homem internado no hospital que precisava de transferência com urgência.

Ainda segundo o MP-BA, ao chegar ao hospital representando a família, o promotor teria direito ao prontuário médico. O Ministério Público negou que tenha acontecido ação desrespeitosa ou ofensiva e que e o promotor tenha apontado uma arma para a enfermeira.

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