Professor de 72 anos é morto durante assalto em Itapuã

 Professor de 72 anos é morto durante assalto em Itapuã

A polícia investiga a morte do professor aposentado Odi de Jesus Mendes, 72 anos, assassinado durante um assalto no bairro de Itapuã, em Salvador. O crime aconteceu por volta das 21h30 deste domingo (21), na Rua Senhor do Bonfim, atrás do Colégio Estadual Rotary. Os suspeitos fugiram levando o carro da vítima, um Punto branco, com placa NTZ 0919. Segundo informações da Central de Polícia, o idoso reagiu ao assalto e acabou sendo baleado. Ele morreu no local do crime.

Segundo testemunhas, Odi passou o dia em casa reunido com amigos e familiares. No final do dia, ele foi levar um amigo em Nova Brasília de Itapuã, que é próximo a seu endereço. Ao parar para abrir a porta da garagem, ele foi abordado por dois homens em uma moto.

Eles pediram o carro, um Punto Prata, mas o aposentado reagiu e entrou em luta corporal com um dos suspeitos. O comparsa do ladrão, então, fez dois disparos que acabaram matando Odi.

Uma vizinha estava chegando de Uber no momento do crime, mas o motorista recusou a entrar na rua por conta dos  tiros. “Só tive a reação de ficar parada. Vi ele caindo no chão e o momento em que os bandidos arrastaram o carro e a moto”, disse a moradora que preferiu não se identificar. 

Odi trabalhou como professor de Educação Física, no Colégio Estadual Lomanto Júnior, por cerca de 30 anos. O filho de Odi, que seguiu a mesma carreira do pai, contou que estava em casa, no bairro de Ipitanga, quando recebeu a ligação dos parentes vizinhos a Odi.

“Foi muito triste ver meu pai morto, caído no chão por conta de uma coisa tão banal. Nesse momento as únicas coisas que traduzem o sentimento de nossa família são dor e insegurança. Meu pai foi morto na porta de casa”, lamentou Gil Marcone Mendes, 33. 

O aposentado veio de Manaus para Salvador havia mais de 40 anos. Ele deixa quatro filhos que moram em Manaus, São Paulo e Salvador. Ainda segundo Gil Marcone, o pai era muito alegre, fazia caminhadas pela orla diariamente e passava maior parte do tempo em casa.

Esposa da vítima, Cristina Sales, 53, acredita que o marido realmente reagiu ao crime por ter um senso de justiça muito grande. “Ele era um homem muito do bem. Gostava das coisas certas. Ele dizia que se acontecesse isso com ele, não aceitaria. Que o mundo estava desse jeito porque as pessoas não faziam nada”, lembra a auxiliar administrativa.

“Esses bandidos fazem isso porque sabem que vão ficar impunes. Isso precisa mudar. Essa insegurança e a impunidade são as principais causas disso. A gente se sente inseguro”, reclamou Cristina.

O caso deve ser investigado pela 12ª Delegacia (Itapuã) e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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