Advogada presa por injúria racial acusa policiais de agressão

 

Circula nas redes sociais um vídeo com um novo caso de agressão de policiais militares a uma mulher, após a manifestação contra o presidente Michel Temer (PMDB), no domingo (11), no Farol da Barra, em Salvador. A situação aconteceu em um posto de gasolina depois de a Polícia Militar (PM) ser acionada para um flagrante de suposto racismo. Presa durante a confusão, a advogada Eduarda Mercês Gomes acusa os agentes de segurança de agressão. “Nunca vi tamanha atrocidade. Eles me bateram. Estou com as costelas machucadas. Nunca passei por uma situação dessa”, protestou.

Conforme ela contou em entrevista ao A Tarde, a confusão começou quando ela interveio em uma situação em que um rapaz desconhecido teve o acesso ao banheiro do estabelecimento negado. Eduarda então teria se oferecido para pagar um lanche para que o rapaz pudesse usar o sanitário. “Mas, quando fui avisar ao funcionário, ele disse que chamou a polícia”, contou.

Segundo a versão da dona do estabelecimento, a PM foi acionada após a advogada ofender um funcionário. Eduarda nega, “Em momento algum cometi injúria racial ou desacato a autoridade. Apenas tentei ajudar uma pessoa que nem conhecia. Fui agredida sem sequer ser ouvida, mesmo me identificando como advogada. Respeito a corporação, sei que existem pessoas justas na PM, mas espero que os policiais sejam honestos e respondam pelo que fizeram”, afirmou.

Já a Polícia Militar disse, em nota, que a mulher “agrediu o funcionário fisicamente e proferiu palavras de cunho racista”, além de ter dado “um tapa em um dos policiais militares e proferido palavras de baixo calão contra ele”. A PM alega que a mulher “foi contida com o uso de algemas para preservar sua própria integridade”.

A advogada, que diz estar em tratamento contra um câncer,  passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, buscou atendimento médico nesta segunda (12) e diz que vai prestar queixa contra os agentes.

Veja o vídeo da confusão: