Perícia indica repasses da Odebrecht para Geddel, Cunha e outros nomes do PMDB
A Polícia Federal constatou, depois da perícia realizada no sistema usado pela Odebrecht, que a empreiteira gerenciava repasses ao grupo do presidente Michel Temer, formado por Eliseu Padilha, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, todos do PMDB.
O relatório está no inquérito que concluiu que os integrantes do PMDB formavam uma organização criminosa, segundo o site G1.
Segundo a publicação, Eliseu Padilha recebeu sete pagamentos no total de R$ 1,4 milhão, sob o codinome “bicuira”; outros R$ 4,6 milhões, sob o codinome “primo”; e R$ 200 mil, sob um terceiro codinome.
Preso em Brasília, Geddel Vieira Lima recebeu, sob o codinome “babel”, R$ 2,1 milhões e, em 2013, mais R$ 100 mil. Já Eduardo Cunha recebeu recebeu R$ 300 mil sob o codinome “calota” e R$ 28,6 milhões como “caranguejo”. Os documentos também indicam pagamentos de R$ 7 milhões a Moreira Franco, identificado como “angorá”.
À reportagem, as defesas de Eduardo Cunha e de Henrique Eduardo Alves negam as acusações. O ministro Eliseu Padilha afirmou que rebaterá as acusações quando as investigações forem concluídas. Moreira Franco repudiou as suspeitas. Em nota, o Palácio do Planalto declarou que o presidente Michel Temer contesta de forma categórica o envolvimento do nome dele em negócios escusos. A defesa de Geddel Vieira Lima não quis se manifestar.
VN