Morte em Lauro de Freitas: Vizinhos dizem que casal tinha brigas constantes: ‘ele batia nela, ela batia nele’

 Morte em Lauro de Freitas: Vizinhos dizem que casal tinha brigas constantes: ‘ele batia nela, ela batia nele’

Carlos Augusto foi morto a facadas na noite de sábado (16); sua companheira, a diarista Maria das Graças é a principal suspeita e fugiu. “Do jeito que estava, ou ele matava ela, ou ela matava ele”.

A declaração de uma vizinha do técnico em eletrônica Carlos Augusto Mazzei, 43 anos, e da diarista Maria das Graças Moura Guimarães, 54, sintetiza como era a vida do casal, no Centro de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. Carlos Augusto, conhecido como Guto, foi morto a facadas na noite de sábado (16), por volta das 21h, na casa onde moravam, na Rua Romualdo, próximo à Praça da Matriz.

Segundo a Central de Polícia, Maria das Graças é a principal suspeita – ela teria fugido após cometer o crime.  Ao site Correio, amigos e vizinhos dos dois contam que as brigas do casal eram constantes. No sábado, inclusive, o crime aconteceu após uma discussão. “Uma cliente dele veio procurar ele aqui por causa de um serviço, mas ela (Maria das Graças) achou que ele estava ficando com a mulher”, contou o proprietário do imóvel de um quarto que o casal alugava há cerca de um ano e meio.

Durante a briga, Carlos Augusto teria começado a agredi-la. Segundo um vizinho, o técnico bateu a cabeça da diarista duas vezes na parede. Foi quando, diante disso, Maria das Graças teria pego uma faca para se defender. “Foi uma facada só. Ela disse: ‘vou te furar, vou te furar’. Eles brigavam direto e ela ficava com a faca, ameaçando. Mas acho que nem ela esperava ter coragem de fazer isso”, contou outra vizinha. A faca acertou Carlos Augusto no peito e ele caiu na varanda, onde morreu minutos depois.

Quando percebeu que tinha atingido o companheiro, Maria das Graças saiu pedindo ajuda aos vizinhos. “Ela saiu pedindo socorro, chamando os vizinhos. Mas ninguém saiu, porque isso era normal dos dois”’, completou a mulher. Outra vizinha ainda contou que, depois de sair gritando por ajuda e não ser respondida, Maria das Graças voltou à vítima, que continuava caída no chão. “Ela falava ‘Guto, Guto’, mas depois pegou uma sacolinha e foi embora”.

Ultimato
Há cerca de 15 dias, o proprietário do imóvel onde o casal morava chegou a dar um aviso a Carlos Augusto: não aceitaria mais que Maria das Graças morasse lá. “Quando começavam a brigar, eu chamava atenção deles. Nesse dia, eles tiveram uma briga feia e eu disse que não queria ela mais aqui. Ou ele ficava sozinho ou eles iam embora da casa. Aí aconteceu isso”.

Os problemas dos dois eram agravados toda vez que um deles consumia bebida alcoólica. “Eles brigavam muito, toda vez que bebiam. Final de semana era pior, mas durante a semana também Ele batia nela e batia muito. Ele meteu a cabeça dela na parede várias vezes antes disso”, disse um vizinho que escutava os gritos de sua própria casa.

Além da bebida, os dois discutiam por ciúme. “Ela tinha muito ciúme e ele bebia e chamava ela de velha, esculhambava ela. Sempre foi assim. Brigavam de porrada, xingando. Ele batia nela e ela batia nele. No outro dia, estava tudo bem. Ou então, ela aparecia com um olho roxo, com uma parte inchada do corpo. Chamava a gente e mostrava ‘ó aqui’. Por isso, a gente sabia que ia acontecer”, desabafou outra vizinha. Maria das Graças teria registrado queixa do companheiro, segundo os amigos. A polícia não confirmou a informação.
O casal estava junto há pelo menos dez anos, de acordo com os vizinhos. Os dois eram de Salvador, mas moravam em Lauro de Freitas. Não tinham filhos juntos, apenas de uniões anteriores. Ainda não há informações sobre o sepultamento de Carlos Augusto. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Com informações e foto Correio.

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