Nas eleições deste ano, as campanhas foram marcadas pelo uso do WhatsApp como ferramenta para disseminar propaganda dos candidatos, incluindo no pacote muitos conteúdos discutíveis e as chamadas “fake news”. Em função disso, a empresa – comprada pelo Facebook, em 2014 – confirmou que tem veiculado campanhas publicitárias em jornais, sites e rádios para educar os usuários sobre o uso consciente do aplicativo de mensagens.
Como a troca de mensagens é criptografada, a plataforma tem feito algumas ações para ensinar as pessoas sobre como identificar notícias falsas e bloquear sua disseminação. A peça publicitária mais recente informa sobre o encaminhamento de mensagens. Por exemplo, em uma das últimas atualizações do aplicativo, um marcador avisa quando uma mensagem recebida não foi criada pela pessoa que a enviou.
O aplicativo também iniciou um teste para limitar o encaminhamento de mensagens. Como um pequeno número de usuários estaria encaminhando conteúdo para toda a lista de contatos, foi definido um limite para evitar esse comportamento de spam. Também foram feitas várias alterações nas conversas em grupo, incluindo a capacidade de os administradores decidirem quem envia mensagens em grupos.
Muitas dessas mensagens acabam sendo publicadas pelos usuários – desavisados ou não – em suas redes sociais, fechando o percurso da disseminação da notícia falsa. Às vésperas da eleição, o PT conseguiu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrubasse 35 postagens contra o candidato a presidente pelo partido, Fernando Haddad, e a vice, Manuela D’Ávila (PCdoB).
Além de trabalhar com entidades de checagem de fatos, a empresa tem realizado treinamentos com tribunais eleitorais regionais e nacionais, partidos políticos, polícia e promotores. A ideia é mostrar que a ferramenta é uma plataforma de mensagens privadas e que contas com comportamentos de spam serão banidas.