Reforma tributária de Bolsonaro provocaria rombo de R$ 27 bilhões
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Se for implantada como está, a proposta de reforma tributária do candidato a presidente da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, deverá provocar um rombo anual de R$ 27 bilhões. A estimativa foi feita pelo economista Sérgio Gobetti a pedido do jornal Folha de S. Paulo.
A proposta elaborada pelos economistas Paulo Guedes e Marcos Cintra está baseada em quatro pilares: isenção de Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos (R$ 4.770); adoção de uma alíquota única, de 20%, para as demais faixas de renda; tributação das empresas, que hoje vai de 24% a 34%, em 20%; e aplicação da mesma alíquota de 20% para o pagamento de dividendos, o lucro distribuído para acionistas de empresas.
Segundo as contas de Gobetti, a isenção até cinco salários mínimos e a adoção da alíquota de 20% no imposto de pessoas físicas geraria perdas de R$ 69 bilhões. A mesma alíquota para as empresas provocaria uma queda de R$ 34 bilhões na arrecadação. Já a tributação dos dividendos traria ganhos de R$ 76 bilhões. O resultado é uma perda de R$ 27 bilhões ao ano.