Roda de conversa dialoga com servidoras da prefeitura sobre o câncer de mama

 Roda de conversa dialoga com servidoras da prefeitura sobre o câncer de mama

Histórias de superação e coragem, relatos de mulheres que enfrentaram e venceram a luta contra o câncer de mama marcaram o encontro com as servidoras públicas da Prefeitura de Lauro de Freitas na tarde desta terça-feira (30). Realizado no auditório do Restaurante Popular, centro da cidade, além de troca de experiências, o evento promovido pelo segundo ano consecutivo pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) em parceria com a Secretaria de Saúde (Sesa), trouxe para a discussão os mitos sobre a doença, apresentou dados de atendimento na rede municipal e ações que são desenvolvidas no município direcionadas a saúde feminina.

Com apoio de recursos audiovisuais, as servidoras ouviram da enfermeira e coordenadora da Atenção à Saúde da Mulher, Erivete Antunes, as possíveis causas para o desenvolvimento do câncer, sintomas, prevenção, diagnóstico e tratamento. De acordo com Erivete, em Lauro de Freitas moram 12 mil mulheres entre 49 a 69 anos. Essa faixa etária é preconizada pelo Ministério da Saúde pela maior incidência da doença. “Do início deste ano até este mês realizamos no município mais de cinco mil mamografias, a nossa meta até dezembro é atingir a marca de seis mil exames realizados em 2018”, informou. 

A secretária da SPM, Barbara Chaves, alertou para o acometimento da doença em mulheres mais jovens. “Apesar de cientificamente ser comprovado que o câncer de mama é mais comum em mulheres com mais de 50 anos, temos visto mulheres com trinta anos ou menos serem diagnosticadas. É importante nesses casos se tocar, fazer o auto exame, conhecer seu corpo”, frisou.

Para quem enfrentou o diagnóstico, tratamento e cura falar sobre o câncer de mama, segunda variação da enfermidade que mais mata no Brasil, é trazer de volta sentimentos peculiares a cada paciente, porém com semelhanças cruciais para vencer o desafio, como a fé em suas crenças e o amor da família e amigos.

“Descobri um nódulo durante um banho de piscina. Apesar do meu primeiro diagnóstico dar negativo eu sabia que algo estava errado. Após receber a constatação da doença numa consulta com um segundo médico, chorei no primeiro momento mas tinha pessoas que me amavam ao meu lado. Nessa caminhada o maior presente foi meu neto, que é hoje a pessoa que eu mais amo na vida”, contou a servidora Rejane Silveira, que enfrentou e venceu um tumor maligno, descoberto com cinco centímetros na mama esquerda.

Outro exemplo de força e coragem transpareceu no relato da servidora Lígia Maia. A advogada do Balcão de Justiça disse que recebeu o diagnóstico positivo para o câncer de mama as vésperas de seu neto completar um ano de idade. “Eu não podia estragar a alegria do momento, então deixei para contar depois”, disse. Lígia disse que o primeiro sintoma que percebeu foi uma coceira intensa e logo depois um caroço. “O nódulo era invasivo com três centímetros, de grau três com metástase”, relatou. Foram 18 sessões de quimioterapia e 36 radioterapia e ainda toma medicamentos diários. “As dificuldades vem para nos fortalecer, gostaria que todas as mulheres tivessem acesso rápido ao diagnóstico e tratamento além de boa alimentação”, disse.

O município de Lauro de Freitas tem se destacado dos demais na Região Metropolitana quando o assunto é prevenção e combate ao câncer de mama. “A cidade é a única dessa zona a realizar exames de punção de nódulo mamário e cirurgia da mama feitas no Hospital Municipal Jorge Novis”, frisou o coordenador da Regulação, Alan Reis. Lauro de Freitas também foi pioneira na intensificação de mamografias no mês de outubro com a implantação de campanhas em parcerias com clínicas conveniadas. Além disso, a cidade possui um mamógrafo próprio que executa cerca de 700 exames por mês. “Essas ações demonstram a preocupação da gestão com a saúde da mulher. As políticas públicas são cruciais para a manutenção da vida. Pacientes diagnosticadas com a doença em Lauro de Freitas adiantam cerca de três meses o tratamento, ganhando tempo que poderia chegar a sete meses de espera caso a cidade não ofertasse esses procedimentos na rede municipal”, informou Reis

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