PIB repete desempenho de 2017 e cresce 1,1% em 2018
A economia brasileira cresceu 1,1% em 2018 em relação ao ano anterior, informou nesta quinta-feira (28) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa é a mesma da que foi registrada em 2017.
Em valores correntes o PIB alcançou no período R$ 6,8 trilhões.
No quarto trimestre de 2018, o PIB cresceu 0,1% em relação ao terceiro trimestre –uma herança considerada fraca por especialistas. Sobre o quarto trimestre de 2017, a alta foi de 1,1%.
O ritmo de atividade se manteve similar a 2017, desapontando economistas que iniciaram 2018 com expectativa de crescimento perto de 3% para o ano.
Ao longo do ano passado, as previsões foram continuamente revistas para baixo com a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio, um mercado de trabalho cuja débil recuperação se deu à base de vagas informais e incertezas ligadas às eleições presidenciais.
O resultado veio em linha ao esperado pela maior parte dos analistas do mercado financeiro.
Especialistas não esperam um quadro muito diferente para 2019.
Reportagem da Folha mostrou que, mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada neste ano, é pouco provável que a economia brasileira encontre fôlego para deslanchar em 2019.
Passada a euforia de empresários e mercado financeiro com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), já há quem espere crescimento abaixo de 2%, com a retomada mais forte, uma vez mais, sendo empurrada para o próximo ano.
Até meados de 2018, economistas também previam alta perto de 3% para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2019.
Segundo o analista da RC Consultores Everton Carneiro, apesar de os indicadores de confiança do empresariado estarem em alta, no mundo real ainda paira certa incerteza quanto ao governo de Jair Bolsonaro.
A dúvida quanto à real capacidade de articulação e realização do governo seria o motivo para que os empresários ainda estejam optando por esperar para retomar os investimentos no país.
A proposta da reforma da Previdência agradou e a expectativa do mercado é que ela seja aprovada, devido a uma articulação junto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Mesmo assim, empresários estariam esperando para ver como irá se dar a negociação no Congresso antes de decidir retomarem os investimentos.
“Como o governo começou muito instável, o mercado está aguardando as coisas se alinharem”, diz.