Com ataques a Bolsonaro, Dilma defende Glenn Greenwald e presidente da OAB
O ex-presidente Dilma Rousseff (PT) declarou, nesta segunda-feira (29), que Jair Bolsonaro (PSL) não respeita limites institucionais e desconhece imperativos morais. A manifestação ocorre depois de o governante atacar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que teve seu pai assassinado pela ditadura militar.
“Deliberadamente, Bolsonaro não respeita limites institucionais e desconhece imperativos morais. Sente-se autorizado a ameaçar de prisão o jornalista americano Glenn Greenwald, que vive com sua família no Brasil e vem denunciando os desmandos da Lava Jato e do ministro da Justiça. E se acha no direito de insinuar, de forma vergonhosa, cúmplice e desumana conhecer as condições do desaparecimento, ou melhor, do assassinato, durante a ditadura, de parente do presidente da OAB, instituição que cumpriu seu papel e preservou os direitos de um advogado”, escreveu Dilma em seu perfil no Twitter.
Ela disse que Bolsonaro tentou intimidar o jornalista com ameaça de prisão, o que feriria a liberdade de imprensa. “Depois, a intimidação pelo terror, insinuando conhecer as condições do assassinato do pai do presidente da OAB em plena ditadura, em uma espécie de tácita e vergonhosa cumplicidade. Ao misturar, mais uma vez, truculências e ameaças em declarações públicas, Bolsonaro insufla ódio e violência. Só nos regimes autoritários e fascistas o presidente ameaça prender, homenageia a tortura e se vangloria dos assassinatos cometidos durante a ditadura”, acrescentou a petista.