“Vergonha de ser brasileira por causa desse presidente”, declara Pabllo Vittar
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Fazendo uma “tempestade no mundo pop” e “lutando pelos direitos LGBTQ pelo caminho”, como descrito pela revista norte-americana Time, Pabllo Vittar foi eleita uma das líderes da próxima geração pela publicação. Em entrevista, a drag queen falou da importância de manter a voz ativa como artista LGBT.
“Não é só a arte do drag, não é só ser artista LGBT. A gente tem uma causa social muito importante por trás, pra mostrar pras novas gerações que elas podem sim ter uma voz ativa e fazer o que quiserem”.
A reportagem também fala sobre o índice de violência contra a população LGBT no Brasil, bem como o assassinato da deputada Marielle Franco e a saída de Jean Wyllis do país.
Em meio aos assuntos, Pabllo fez um desabafo, que teve como principal alvo o presidente Jair Bolsonaro. “Às vezes, sinto muita vergonha de ser brasileira por causa desse presidente. As pessoas estão morrendo. As pessoas estão tendo suas casas e direitos retirados”, afirmou.
“Cada vez o clima fica mais tenso no Brasil. Eu não sei o que acontece. Todos os dias eu peço a Deus proteção pra mim, pra minha família, pros meus amigos e pros meus fãs que têm que sair na rua e trabalhar e se submeter a esse tipo de risco. Porque pra mim isso é um risco. No Brasil, ser artista LGBTQ é matar um leão a cada dia. Todo dia você tem que se provar que pode e mostrar pras outras pessoas isso”.
Quanto a carreira, Pabllo disse à Time que tem grandes sonhos, e ainda pretende conhecer muitos lugares. “Quero continuar passando essa mensagem, esse brilho, esse conforto. Continuar fazendo minha música, levando loções, e quem sabe, até ganhar um Grammy”, finalizou.