Políticos baianos devem mais de R$ 200 milhões ao governo federal; veja principais nomes
Políticos baianos devem R$ 208.324.324,70 ao governo federal, sendo que todos estão inscritos na Dívida Ativa da União. No topo do ranking de maiores devedores está a vereadora Maria da Silva Barros Neves de Souza, conhecida como Lilia, eleita pelo PSDB em Guanambi, com débito de R$ 134 mil.
Entre os prefeitos, o principal devedor é Temóteo de Brito, de Teixeira de Freitas, com débito de R$ 12.807.278,78. Ele e Maria Barros estão entre os dez maiores devedores do país. Além do gestor de Teixeira, estão ainda os prefeitos de Água Fria, Fernando Gomes Oliveira (DEM), Manoel Costa Almeida (DEM), de Itabuna, além de outros 144 prefeitos baianos.
Já entre os deputados estaduais, dez aparecem na lista de devedores do governo federal, entre eles Mirela de Oliveira Macedo (PSD), com dívida de R$ 188 mil. Outro que aparece na lista é Targino Machado (DEM), com débito de R$ 15 mil.
Na lista dos federais baianos aparece apenas José Abílio Silva Santana (PHS), com dívida de quase R$ 11 mil. Já entre os três senadores, apenas ngelo Coronel tem débito com o fisco federal no valor de R$ 25,6 mil. No entanto, são os vereadores os mais inadimplentes. Ao todo, são 852 parlamentares que não quitaram as obrigações com o governo federal.
Os números foram obtidos a partir do cruzamento de dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) com informações do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público e se referem a políticos eleitos entre 2014 e 2018.
Cenário nacional
Já em todos os 27 estados brasileiros, são mais de sete mil políticos eleitos, em todas as esferas, que devem juntos R$ 1,1 bilhão ao governo federal. O cadastro da Dívida Ativa, disponibilizado no último dia 23 de novembro, tem 5,6 milhões de inscritos. O montante é de R$3,6 trilhões. A dívida mais antiga é de 22 de março de 1965.
No grupo estão 6.225 vereadores, 772 prefeitos, 121 deputados estaduais e distritais, 48 deputados federais, 18 senadores e dois governadores, que juntos representam 11% dos políticos eleitos desde 2014 (no caso de senadores), 2016 (vereadores e prefeitos) e 2018. Alguns desses políticos podem não estar mais no exercício dos cargos.