Em Salvador, PRB aceita terceira via, mas Neto encontra resistência do PMDB
O prefeito ACM Neto (DEM) quer definir o nome do seu vice até esta quarta-feira (3), mas antes terá que atravessar a pedra do PMDB, que se encontra no meio do seu caminho. Os peemedebistas não esqueceram daquela “traição” do democrata na eleição de 2014, quando o gestor municipal prometeu que o ministro Geddel Vieira Lima seria o candidato ao Governo da Bahia, mas na hora H quem concorreu foi o secretário municipal da Fazenda, Paulo Souto (DEM).
Em conversas reservadas, aliados de Neto dizem que tanto o PRB quanto o PMDB estão resistentes e “querem porque querem” os seus nomes, João Roma e Bruno Reis, respectivamente, como vice do democrata. Os republicanos, todavia, estão mais abertos a possibilidade de apoiar uma terceira via. Por essa lógica, o ex-secretário da Casa Civil, Luiz Carreira (PV), ganharia força e estaria pronto para compor a chapa do democrata.
Nesta segunda-feira (1), Neto conversou com o presidente do PV, Ivanilson Gomes, e o ex-secretário em seu escritório no bairro do Comércio. O democrata reafirmou que o nome do vice ainda não está definido, apesar da especulação nos bastidores apontar Bruno Reis como favorito e, João Roma, como o segundo.
Em entrevista ao Bocão News, o ministro Geddel Vieira Lima evitou comentar sobre a reunião que teve com Neto no último domingo (31), mas mostrou confiança de que o PMDB irá compor a chapa. “Não tenho preocupação nenhuma”, frisou.
Apesar da alta popularidade, a leitura que se faz é de Neto não pode definir o seu vice sem o aval do PMDB. O prefeito já deixou a entender que será candidato ao Governo da Bahia em 2018 e, para tanto, os peemedebistas serão fundamentais neste seu projeto, já que o partido sempre teve uma força no interior do estado.
*Colaborou a repórter Cintia Kelly