Coronavírus: indústria do setor de vestuário em Salvador está operando com costureiras acima de 50 anos

 Coronavírus: indústria do setor de vestuário em Salvador está operando com costureiras acima de 50 anos

Costureiras trabalhando lado a lado, com idade a partir de 50 anos, em jornada regular, contrariando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), em função da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Esta denúncia foi feita ao Portal A TARDE, por meio do canal Cidadão Repórter, no Whatsapp (71) 9601-0020.

De acordo com as informações, senhoras estariam trabalhando normalmente, no ramo de costura e confecção, “amontoadas” e em “zona de risco”, na Hi Indústria e Comércio Confecções Ltda, que funciona na Fazenda Coutos, Subúrbio Ferroviário de Salvador.

O Sindicato da Indústria de Vestuário e Artefatos de Joalheria e Bijuteria do Estado da Bahia (Sindvest) informou que a empresa citada na denúncia é associada ao sindicato. “Estamos fazendo todas as orientações para evitar estragos, mas cada empresa adota suas medidas. Temos que manter a saúde das pessoas, mas não podemos quebrar as empresas”, pondera o presidente do Sindvest, Hari Hartmann.

Em contato por telefone, uma atendente da indústria Hi, de prenome Alane, confirmou o funcionamento regular, sem qualquer restrição. Quando questionada sobre a denúncia e a operação da empresa em tempos de quarentena, negou-se a dar qualquer esclarecimento e, em seguida, a ligação foi interrompida. Outras tentativas de contato foram feitas, por e-mail, inclusive, mas a Hi Indústria e Comércio Confecções Ltda não se manifestou até o momento.

Recomendações OMS

A Organização Mundial da Saúde divulgou, no fim de fevereiro, um documento com recomendações para prevenir a contaminação pelo coronavírus no ambiente de trabalho. No documento, constam ações importantes que ajudam na prevenção da Covid-19, que devem ser seguidas pelos empregados e empregadores. No trabalho: mesas, cadeiras, telefones, teclados e outros equipamentos precisam ser higienizados com pano e desinfetante regularmente (a contaminação de superfícies é uma das principais formas de transmissão); se possível e em caso de surto, estimular o trabalho remoto (em um esquema de home office); e os funcionários devem evitar usar o transporte público, onde há grandes aglomerações.

Em relação à higiene respiratória: lenços descartáveis devem estar disponíveis em diversos locais do ambiente de trabalho para o empregado assoar o nariz ou tossir sem espalhar gotículas com vírus; se o funcionário estiver com os sintomas, não deve ir ao trabalho; caso não tenha um lenço à disposição, cubra a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar; e a empresa deve distribuir dispensadores com álcool em gel em locais visíveis.

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