A COMUNICAÇÃO EMPÁTICA COMO INSTRUMENTO DE MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA SOCIEDADE

 A COMUNICAÇÃO EMPÁTICA COMO INSTRUMENTO DE MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA SOCIEDADE

A comunicação empática, mais conhecida como comunicação Não Violenta (CNV), é um método criado pelo psicólogo clínico Marshall Rosenberg, que conecta o ser humano com a compaixão que lhe é inerente, a fim de que se expresse de forma consciente nas relações que estabelece diante das percepções, sentimentos e necessidades que possui e que o outro apresenta.

Também chamada de comunicação compassiva é amplamente utilizada nos métodos adequados de resolução de conflitos como, por exemplo, na mediação, pois incentiva a “entrega mútua e de coração” entre os envolvidos, sendo uma grande facilitadora na identificação dos reais interesses de cada um e, por consequência, das soluções possíveis para o caso.

São quatro os componentes da Comunicação Não Violenta: observação, sentimento, necessidade e pedido.

Em breve resumo, significa dizer que primeiramente é preciso apenas OBSERVAR o acontecimento, evitando fazer julgamento ou avaliação sobre o fato. A partir disso, será iniciada a busca pela identificação do SENTIMENTO despertado pelo ocorrido que, uma vez reconhecido, tais como, irritação, mágoa, medo ou alegria, requisitará também o conhecimento da NECESSIDADE revelada através dele, para por último formular um PEDIDO referente essa demanda.

Para ilustrar o referido conceito, Marshall Rosenberg, em seu livro Comunicação Não Violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais, cita o exemplo de uma mãe que observa as meias sujas do filho espalhadas pela casa, sente irritação, pois necessita de organização e utilizando a CNV faz um pedido claro ao filho para que as meias sejam colocadas no quarto ou na lavadora com exposição da importância dessa ação dele para melhorar sua vida.

A Comunicação empática possui indispensável papel na disseminação da cultura da pacificação social, pois promove a resolução de conflitos de forma não violenta.

Além disso, é um relevante instrumento para o exercício do respeito por si mesmo e pelo outro, já que é baseada na expressão honesta e na recepção com empatia nas interações humanas, contribuindo para construção de relações saudáveis e harmônicas, mormente em tempos desafiadores como os atuais.
Texto por: Luana Pacheco (@luanappachecoadv)
Luana Pereira Pacheco é Advogada e Mediadora Extrajudicial. Especialista em Direito do Trabalho e Direito Imobiliário. Atuante na área trabalhista, consumerista e condominial. Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e Membro da Comissão de Mediação, Arbitragem e Práticas Colaborativas da OAB/BA Subseção Lauro de Freitas.

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