‘A polícia tem que fazer o enfrentamento necessário’, diz secretário sobre combate à criminalidade

O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, comentou, em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta sexta-feira (6), o número de 71 pessoas mortas em confrontos com a Polícia Militar no estado (PM-BA).
Os dados, de acordo com ele, refletem o enfrentamento exigido pela polícia. Nos últimos dois anos, segundo Werner, cresceu o número de viaturas atingidas por tiros durante patrulhamento ordinário, totalizando mais de 150 policiais feridos.
“Infelizmente, a polícia tem que fazer o enfrentamento necessário. A gente não permite, nem vai permitir que nenhuma área esteja sobre as mãos e domínio de qualquer facção, a título de não permitir a entrada do estado naquele local”, garantiu Marcelo Werner.
“Tanto é que, semanalmente, a gente faz ações de retirada de tentativa de colocada de barricada, de tentativa de colocada de sistema de monitoramento. A polícia não sai para matar, essa não é a orientação do secretário, do governador, do comandante geral das forças”, emendou.
“Agora, ela tem, sim, se for agredida, fazer o revide a injusta agressão. Não pode permitir e tem que estar preparada para isso, temos investido muito na capacitação dos nossos policiais”, acrescentou o titular da SSP-BA.
Na ocasião, o secretário destacou ainda que as ações de enfrentamento da polícia são feitas com base na área de inteligência da corporação. Para ele, o uso da tecnologia é um dos principais eixos para combater o crime organizado no estado, juntamente com ações integradas que impossibilitem o recrutamento de jovens e crianças por facções criminosas.
“Lógico que nada disso pode ser a ermo, tem que ser uma repressão qualificada, por isso que trabalho muito com essa vertente de prevenção, para evitar o crescimento ou assédio de jovens ao crime organizado”.
“A verdade é que a polícia tem sido cada vez mais confrontada e o estado realmente tem que se fazer presente e fazer força a isso. Os números falam por si só. São ações policiais que prenderam um número recorde de fuzis, mostra o desejo de enfrentamento, do animus do criminoso em relação ao Estado e a polícia”, continuou Marcelo Werner.