A verdadeira História do município de Lauro de Freitas
Por volta do ano 1000, a região atualmente ocupada pelo município foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia, os quais expulsaram os seus antigos habitantes, os tapuias, para o interior.
No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pelo povo tupi dos tupinambás .
Em 1552, Garcia d’Ávila recebeu, de Tomé de Sousa, lotes de terra no litoral baiano. Ali, foi instalada, com apoio da família d’Ávila, proprietária da Casa da Torre, uma missão jesuíta, a qual deu origem, em 1758, à freguesia de Santo Amaro de Ipitanga.
Uma curiosidade é que Garcia D’Ávila ergueu a primeira construção fortificada do Brasil na atual Praia do Forte, que também foi sua residência e de sua família, além de fazer as vezes de forte. A fazenda ia do “portão” da fazenda, por isso nome do bairro, em Lauro de Freitas até o Maranhão, perfazendo um total de 800 mil quilômetros quadrados, equivalente a 1/10 do território brasileiro de hoje, o que equivale às áreas, somadas, de Portugal, Espanha, Holanda, Itália e Suíça, sendo o maior latifúndio da história nacional.
A região era habitada por indígenas no Morro dos Pirambás. Por situar-se numa zona próxima ao mar, o que favorecia o escoamento da produção agrícola, vieram os engenhos de açúcar e, com eles, os escravos africanos, que influenciaram fortemente a cultura local. Ainda hoje, se podem encontrar descendentes de famílias escravas, guardiãs dos costumes africanos e praticantes do candomblé.
No século XVII, a história da cidade foi marcada por um surto de cólera que dizimou parcela considerável da população, e pela construção da matriz de Santo Amaro de Ipitanga, erguida na parte mais alta da cidade. A matriz se constituiu na construção mais representativa desse período colonial no Brasil.
A freguesia de Santo Amaro de Ipitanga tinha esse nome pois cresceu a partir da igreja matriz de Santo Amaro de Ipitanga. Assim ficou até sua emancipação de Salvador, em 1962, quando o vereador Paulo Moreira de Souza propôs substituir Santo Amaro de Ipitanga por Lauro de Freitas, homenageando o político baiano Lauro Farani Pedreira de Freitas, candidato a governador da Bahia e falecido na campanha de 1950 juntamente com Gercino Coelho (pai do ex-governador Nilo Moraes Coelho), em um acidente aéreo em Bom Jesus da Lapa.
Essa homenagem póstuma foi uma grande motivação, assim como ocorreu em Simões Filho, para que o distrito soteropolitano se transformasse em um município. Há alguns anos havia um movimento polêmico na cidade para que se retorna-se ao seu antigo nome, Santo Amaro de Ipitanga. Com informações Instituto da História da Bahia / Imagens Artêmio