ACM Neto rejeita permanência de ministros da União-PP no governo Lula

O ex-prefeito de Salvador e secretário-geral da recém-criada Federação União Progressista (União Brasil + PP), ACM Neto, descartou qualquer possibilidade de que ministros filiados à nova aliança permaneçam nos cargos do governo Lula após a formalização do bloco partidário.
A declaração, feita nesta semana, reforça a posição da federação como alternativa de oposição ao atual governo. Segundo Neto, a permanência de representantes do União Brasil e do Progressistas no ministério geraria “desconforto político” e comprometeria a coerência do projeto recém-lançado.
“Não há hipótese de exceção. A saída dos ministros precisa acontecer ainda em 2025, logo após a homologação da federação. Essa decisão não pode ser adiada para 2026”, afirmou o dirigente.
Atualmente, a federação União-PP reúne 109 deputados federais, 15 senadores, além de governadores e lideranças regionais, se consolidando como uma das maiores forças políticas do Congresso Nacional. Para ACM Neto, a união representa o início de um novo ciclo oposicionista, especialmente contra o PT na Bahia e no cenário nacional.
“Não vejo hipótese de alinhamento com o governo e muito menos de aliança com o PT. A federação nasce para ajudar a construir uma alternativa para o Brasil, baseada em estabilidade e diálogo, mas também em firmeza de posições”, reforçou.
Com a decisão, ACM Neto sinaliza que a federação não será apenas uma aliança formal para eleições futuras, mas um movimento político com impacto imediato na correlação de forças em Brasília. A expectativa é que, nos próximos meses, os ministros ligados às siglas deixem seus postos, marcando uma ruptura definitiva entre a União Progressista e o governo Lula.