Agentes de trânsito cobram votação de projeto que autoriza uso de armas
Os agentes de trânsito e transporte de Salvador foram à Câmara Municipal, nesta quinta-feira (8), durante a sessão que aprovou a mudança de texto no Código Tributário e de Rendas do Município, para cobrar a votação do Projeto de Lei (PL) 368-15, que autoriza o uso de armas não letais pela categoria. A matéria, de autoria do presidente da Casa, Leo Prates (DEM), foi apresentada em 2015, mas está engavetada desde então.
O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores em Trânsito e Transporte de Salvador e Região Metropolitana (Sindttrans), Pedro de Jesus Pires, defendeu, em entrevista, que a medida é “necessária”, devido ao risco ao qual os profissionais estão expostos quando precisam punir infratores que circulam pela capital baiana. Entre o armamento solicitado pela entidade estão pistolas taser (armas de choque), cassetetes, spray de pimenta, gás lacrimogênio e algemas.
“Os agentes estão em perigo sem os dispositivos necessários para a defesa. Temos constatado um grande número de agressões contra essa categoria no desempenho de suas atividades. Precisamos ter o mínimo possível de proteção e segurança para exercer o trabalho da forma mais adequada à população”, afirmou Pires.
O superintendente de Trânsito de Salvador, Fabrizzio Müller, também justificou à reportagem a necessidade de liberação do material. “Trata-se de uma categoria muito hostilizada. Temos muitos registros de violência. Essa semana tivemos um caso em que um cidadão arremessou uma pedra bem pesada dentro de um veículo onde estava um funcionário da Transalvador porque ele removeu o carro do infrator de uma via não autorizada”, falou, ao citar o caso que desencadeou o pedido da associação.
A Transalvador relatou que, apesar do suposto número elevado de casos de agressão, há dificuldade da contabilização das ocorrências, já que os profissionais muitas vezes não prestam queixa.
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