Alunos protagonizam mostra de fotografia sobre Consciência Negra e ancestralidade

Nesta terça-feira (18/11), o protagonismo estudantil ganhou lugar de destaque no Cineteatro de Lauro de Freitas. Os estudantes da Escola Municipal Santa Júlia realizaram uma exposição fotográfica com o tema “Um Olhar Ancestral”, voltada para o fortalecimento da autoestima e valorização da identidade negra. A iniciativa foi promovida pela Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro.
A exposição reuniu familiares, educadores, gestores e membros da comunidade escolar em um momento de celebração da criatividade e da expressão juvenil. As fotografias apresentaram registros produzidos pelos próprios estudantes, a partir de um olhar sensível à própria identidade, utilizando recursos de Inteligência Artificial (IA). A programação contou ainda com uma palestra da professora quilombola e pesquisadora Gildete Melo, além de um desfile temático protagonizado pelos alunos.
A idealizadora do projeto, a professora de Artes Cláudia Maria, explicou como surgiu a iniciativa. “A ideia dessa exposição nasceu do desejo de romper com a lógica tradicional dos trabalhos escolares sobre Consciência Negra, que muitas vezes se limitam a pesquisas manuscritas e à reprodução de figuras históricas. Eu queria que nossos estudantes fossem, de fato, protagonistas dessa narrativa. Por isso, propus uma imersão na cultura afro, um mergulho no imaginário e na ancestralidade, para que cada um pudesse se enxergar dentro desse universo, independentemente da cor da pele ou da etnia. E o resultado está aqui para que todos vejam”, destacou.
Sem acreditar ao ver sua fotografia na exposição, a estudante Joseane Barbosa, 15 anos, do 9º ano, falou sobre a experiência. “Participar disso foi muito especial. A gente usa a inteligência artificial para tantas coisas no dia a dia, mas nem sempre imagina que ela também pode ajudar a criar algo tão diverso e cheio de significado. Cada estudante colocou a própria imaginação para funcionar, criando uma imagem que representasse como se vê dentro desse universo da Consciência Negra. Em vez de pesquisar apenas personagens que fizeram a história, nós nos tornamos os protagonistas. Isso fez toda diferença, e eu gostei demais de ver minha foto exposta aqui hoje. Sigo à disposição da escola para novas iniciativas como essa”, concluiu.
