Ambev divulga lista de cervejas que podem ser vendidas durante o Carnaval

Todo folião que se preze lembra da polêmica que aconteceu no ano passado, quando a prefeitura de Salvador fechou um contrato de exclusividade com a empresa Brasil Kirin, fabricante da cerveja Schin, para ser patrocinadora oficial do carnaval de Salvador.

Depois de muita venda clandestina por parte dos ambulantes, mais de 126 mil latas de cerveja apreendidas, protesto com ameaça de bloqueio durante a saída dos trios e muitas reclamações por parte da população, a Prefeitura de Salvador resolveu trocar o patrocinador e firmou parceria de três anos com a Ambev, que vai distribuir a Skol como cerveja oficial do Carnaval 2017.

De acordo com o gerente regional de marketing da Ambev, Felipe Bratfisch, além da tradicional Skol pilsen, o circuito contará também com a presença das versões Skol Beats Senses, Skol Beats Spirit e Skol Beats Secret.

Outras marcas distribuídas pela Ambev, como Antarctica, Bohemia, Brahma, Budweiser, Corona, Stella Artois, dentre outras, não fazem parte do contrato estabelecido pela prefeitura durante os sete dias de folia.

“Somos uma companhia de capital aberto e não divulgamos investimentos isolados, mas esse será mais um grande investimento da companhia em Salvador”, afirmou o gerente da companhia.

Foto: reprodução/Tabuleiro Publicitário

Foto: reprodução/Tabuleiro Publicitário

Já que não se pode agradar a gregos, troianos e baianos, os foliões ainda dividem opiniões quando o assunto é a bebida oficial da maior festa popular do mundo.

Para o contador Antônio Sued, 44, a iniciativa do prefeito de tornar o carnaval autossustentável, sem comprometer a verba pública, vale a pena o esforço de consumir uma única marca de cerveja.

“Tomo pelo bem da festa, além disso, a Skol é uma boa cerveja. Concordo que quem deve ganhar são empresas que participam do evento com investimentos e a cervejaria é a principal delas”, afirmou.

Já o profissional autônomo, Erivaldo da Silva Souza, 47, é totalmente contra a obrigatoriedade no consumo de determinada marca de cerveja e considera a determinação uma agressão aos direitos individuais.

“A prefeitura é responsável pelo espaço público e não pela vontade da população. Neste sentido, ela pode reservar os espaços públicos para propaganda da cerveja escolhida, entretanto, a venda tem que ser livre. Cabe ao consumidor escolher qual a marca irá consumir, levando em consideração a sua preferência e até mesmo o poder aquisitivo”, protestou.

O cabeleireiro e fotógrafo, Levi Gonçalves, 47, também se posicionou contra a determinação do consumo de uma única marca de cerveja por parte da prefeitura.

“Ano passado foi uma vergonha o que aconteceu, e esse ano não será diferente. O direito de beber o que quiser é do povo. A obrigação de servir somente Skol é da prefeitura. Que a prefeitura venda Skol em seu camarote. Em área publica apenas deixe o povo beber o que quiser”, reclamou.

O fato é que atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu, ou quem não bebe aquela que desce redondo, já que os ambulantes que furarem a determinação da prefeitura e estiverem vendendo outras marcas de cerveja de forma ilegal, terão a mercadoria apreendida e levada para o Setor de Guarda e Bens (Segub), localizado na Avenida San Martin. Para recuperação da mercadoria é necessário apresentar o lacre entregue no momento da apreensão e pagar multa que varia de acordo com a quantidade de objetos, sendo o valor mínimo de R$ 140.

Pra quem duvida da fidelidade no carnaval de Salvador, pelo menos com a cerveja certamente ela vai acontecer.

*Varela Notícias

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