Animação, diversidade e fé marcam cortejo de abertura do Festival de Arembepe 2025

Liderados pela ala de baianas, milhares de pessoas entre moradores, autoridades, artistas, visitantes e turistas, se conectaram com a alegria do tradicional cortejo religioso da Lavagem de Arembepe, na manhã deste sábado (29). Foram percorridos cerca de dois quilômetros da Praça da Pocobeira até a paróquia do padroeiro da comunidade, São Francisco de Assis, para receber as bênçãos desta figura religiosa que é mundialmente reconhecida pelo desprendimento material, alegria e amor à natureza.
A celebração deu a largada para a edição do Festival de Arembepe 2025 que, dessa vez, foi pensado tanto em quem foi curtir, quanto em quem foi trabalhar, segundo Aline Marques, responsável pela Coordenação de Eventos. “É a primeira vez que a Arembepe tem um palco duplo aqui na Arena, e um palco diferenciado na Praça Tia Deja (antiga Praça dos Coqueiros), dedicado para as bandas do nosso município. Além disso, nós instalamos uma estrutura com chuveiros e toldos com proteção solar para os ambulantes, dentro da Arena. Nossa intenção é fazer com que todos possam se divertir e curtir a energia de alegria do evento”, detalhou.
A artista circense Adriana West, seguiu o cortejo caracterizada de palhaça Berenice. “Ela [a palhaça Berenice] é uma mistura de tudo, representa a alegria de ser quem você é. A Berenice é uma mistura dela mesma com várias outras pessoas, que só de olharem para ela, sorriem”, explicou a jovem de 26 anos que desde criança mora em Camaçari com sua família, no bairro Verdes Horizontes.
Elci Freitas, secretária de Cultura, destacou o objetivo da pasta em transmitir essa conexão entre cultura, tradição e a comunidade. “A gente estava esperando com muito entusiasmo pela Lavagem de Arembepe. Estamos aqui com 18 grupos culturais da nossa cidade, levando a nossa riqueza para as ruas, para protagonizar essa festa”, declarou.
Para o prefeito Luiz Caetano, apesar dos desafios, a realização do evento é reflexo do amor, compromisso e carinho das pessoas que integram a sua gestão. “Estamos fazendo a arrumação da casa, montando as políticas públicas para ajudar as pessoas, ajudar a sociedade. Essa é uma festa muito participativa, e que seja de paz e amor, direto de Camaçari para a Bahia, pro mundo!”, disse.
O desejo de paz foi reforçado pelo secretário de Turismo, Patrício Oliveira. “Que até o fim da edição dessa festa ela seja regada por paz, tranquilidade, bons negócios, geração de emprego e renda para a população. Um lugar bom para fazer turismo tem que ser um lugar bom de viver”, afirmou.
Ao lado de sua família, o morador da Volta do Robalo, José Antônio Brito, de 66 anos, prestigiou a passagem do cortejo da porta de sua casa. “Minha neta está aqui e fico feliz que ela esteja vendo de perto os costumes da nossa terra. É uma coisa muito boa, educativa e que, de alguma forma, também renova a gente, traz vitalidade”, celebrou.
Além das baianas, o cortejo contou com a participação dos Filhos de Gandhi, Charanga Status, Banda do Bloco Afro Malê de Balê, Samba de Caboclo, Beira de Rua, Afoxéomo Izô, Grupo Raízes da Terra, Boi Tricotado, Grupo Regional Afro Style Contemporâneo, Procurando Arte (Arte Circence), Som do Timbau, Samba de Roda Nativa de Arembepe, Arte em Movimento, Charanga Big Band, Grupo Contemporâneo Ancestral, Charanga da Caraípa, Sementes Marielle Guerreiros do Brasil, Charanga Tropicana, e os grupos de capoeira Ligeira, Fatumbi e Abolição, os primeiros a promoverem roda conjunta desde a concentração.
O Festival de Arembepe encerra o ciclo das lavagens e festas populares no município, e acontece até a segunda-feira (31) quando as atividades se alternarão entre os blocos independentes e as atrações artísticas do Palco da Diversidade que animarão o tradicional Baile dos Coroas, a partir das 18h.
Foto: Juliano Sarraf