Anitta se mobiliza contra leilão de áreas verdes em Salvador

A cantora Anitta usou as redes sociais para protestar contra os leilões de áreas verdes em Salvador para a iniciativa privada.
Em vídeo compartilhado na internet, a cantora faz um pedido para as autoridades soteropolitanas se atentem ao direcionamento das áreas verdes na capital, afirmando que a construção de mais prédios não é a melhor escolha para a população.
“Hoje eu vim aqui fazer um pedido às autoridades de Salvador, à Prefeitura e às autoridades, que respeitem as áreas verdes do Estado, da cidade e não promovam leilões sem que tenham todos os requisitos para que isso aconteça. Usar o potencial construtivo de áreas verdes para erguer mais prédios não é a melhor escolha para a população”, disse.
Engajada em causas ambientais, a artista, que já foi bloqueada pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, por suas cobranças em pautas ambientas, fez um discurso prol preservação e exaltou a capital baiana por suas belezas naturais.
“É preciso respeitar os limites e cuidar da natureza, proteger as áreas verdes que a gente ainda tem no nosso país porque a gente sebe que a crise climática é real, é verdadeira, e a gente precisa cuidar das nossas áreas verdes, procurar preservar as áreas verdes, e não construir mais e mais. Agora é hora de cuidar do nosso ambiente. Um beijo para todos vocês e para essa cidade que eu amo tanto que é Salvador, que está sempre tão linda, que tem uma natureza tão maravilhosa e que merece ser preservada e cuidada”, prosseguiu.
A movimentação da funkeira teve como motivação a última decisão da Justiça da Bahia, que suspendeu na segunda-feira (14) um leilão de um terreno no Morro do Ipiranga, localizado no bairro da Barra, que estava previsto para ocorrer na terça (15).
A decisão do juiz Alex Schramm de Rocha, da 7ª Vara Cível e Agrária atendeu a um pedido do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA), que alertou para possíveis riscos ambientais na venda do terreno.
O terreno, que seria leiloado pela Prefeitura de Salvador com lance mínimo de R$ 4.945.000, foi alvo de questionamentos porque a lei municipal de 2023 que autorizou a venda não mencionava as restrições ambientais da área, gerando insegurança jurídica.