Após ida à China, Lula recebe chanceler da Rússia nesta 2ª no Palácio do Planalto
Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticar em visita a China e aos Emirados Árabes de que a guerra na Ucrânia ‘foi tomada por dois países’ e defender a criação do ‘G20 pela paz’, o ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov desembarca em Brasília, na manhã desta segunda-feira (17), em solos brasileiros, e será recebido no Palácio do Planalto pelo presidente e, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O encontro entre as autoridades ocorrerá às 15h.
“Segundo Lula, “A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países” e arrematou “Quando houve a crise econômica de 2008, rapidamente nós criamos o G20 para tentar salvar a economia. Agora é importante criar um outro G20 para acabar com a guerra e estabelecer a paz”.
Esta é a primeira vez que um representante do primeiro escalão do governo de Vladmir Putin vem ao Brasil, após o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. A posição brasileira de neutralidade se mostrou dúbia em diversos momentos do conflito.
A visita russa ao Brasil foi discutida e confirmada pelos chanceleres no início de março, durante reunião dos ministros de Relações Exteriores do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo.
Conforme a agenda do MRE, Lavrov visitará a chancelaria brasileira no Itamaraty pela manhã, e fará uma declaração à imprensa às 12h30, ao lado de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores.
A vinda do principal diplomata russo a Brasília, segundo o Metrópoles, acontece em meio às propostas de Lula para a criação de um grupo de mediação com nações não envolvidas no conflito, que tem o objetivo de alcançar o restabelecimento da paz no Leste Europeu. A expectativa do presidente Lula é que a China, EAU e outros países se juntem num “G20 político” para tentar pôr fim à guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
Desde o início do conflito, a diplomacia brasileira, sob a gestão de Jair Bolsonaro, adotou uma posição de neutralidade, sem condenar uma resolução bélica para qualquer desacordo. Do outro lado, Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer, no ano passado, que Zelensky é tão culpado pela guerra quanto Putin e, reforçou neste momento.