Articulação de Lula tenta convencê-lo a bater martelo até sexta sobre troca ministeriais
Com os nomes dos futuros ministros do centrão definidos – os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-AM) – e, diante dos recados do presidente da Câmara Arthur (PP-AL) e do Centrão, a articulação política do governo Lula tenta convencê-lo a bater o martelo das trocas ministeriais até a sexta-feira (4), antes de o petista viajar.
Conforme a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o presidente da República deve passar a segunda semana de agosto fora de Brasília cumprindo agendas nos estados do Amazonas, do Pará e do Rio de Janeiro.
Nesse tabuleiro falta apenas, o mandatário definir sobre as pastas que cada um deles assumirá, mas de acordo com ministros palacianos, o presidente ainda não teria definido os espaços do Centrão porque, de fato, ainda não decidiu o desenho ministerial.
Contudo, em em conversas reservadas, ministros alertaram a Lula que a demora em decidir os ministérios para o Republicanos e o PP pode atrapalhar ao governo em votações, sobretudo na Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, já deu o primeiro recado. Decidiu nesta terça-feira (1º) adiar, por tempo indeterminado, a votação do novo arcabouço fiscal na Casa. Após reunião com lideranças partidárias da Casa, já avisou a líderes aliados que deve segurar a votação do novo arcabouço fiscal até que Lula dê sinalizações mais claras sobre a reforma ministerial.
O novo arcabouço já passou por votação na Câmara e no Senado no primeiro semestre, mas precisa passar por uma nova análise dos deputados, em razão das mudanças no texto feitas pelos senadores.
O Palácio do Planalto queria que o projeto fosse aprovado definitivamente pelo Congresso Nacional até 11 de agosto, data em que Lula marcou a cerimônia de lançamento do Novo PAC.