Ato reúne três poderes em defesa da democracia nesta segunda
Um ano depois da surpreendente, ultrajante e extremamente violenta manifestação de ódio protagonizada por extremistas de direita, o ato intitulado “Democracia Inabalada” reúne no Congresso Nacional, nesta segunda-feira, 8, as maiores autoridades do país para reafirmar o respeito às instituições e, sobretudo, ao Estado Democrático de Direito.
A cerimônia sediada no Congresso Nacional relembra a invasão aos prédios dos Três Poderes da República, em Brasília e, além de demonstrar a resistência das instituições, tem também o intuito de restituir ao patrimônio público, de maneira simbólica, alguns itens depredados durante a invasão.
Participam do evento cívico o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, bem como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso.
Presença confirmada também da ex-presidente do STF, ministra Rosa Weber, do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes e do Procurador Geral da República (PGR), Paulo Gonet. Também são esperados governadores de estado, ministros, presidentes de estatais e representantes de organizações da sociedade civil.
O evento começa às 15 horas. Após a execução do Hino Nacional, entoado pela cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes, os presidentes dos Três Poderes farão seus discursos e seguirão até a entrada do Salão Nobre do Senado, para a reintegração simbólica ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx e de uma réplica da Constituição Federal de 1988.
A obra de Burle Marx (sem título) foi criada em 1973 e vandalizada durante a invasão do Palácio do Congresso Nacional em 8 de janeiro. Os vândalos não apenas rasgaram, como também urinaram na peça. O trabalho de restauro teve de ser feito em um ateliê especializado em São Paulo e custou R$ 236,2 mil.
Já a réplica da Constituição foi recuperada, sem qualquer dano, após ter sido furtada da sede do Supremo, também no dia 8 de janeiro.